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quinta-feira, 26 de junho de 2014


CRÍTICA LITERÁRIA

 



 

Autor: Humberto Vasconcelos

Editora: Casa Editora “O Nazareno” Ltda.

Número de Páginas: 363

Lançamento: 3. ed. revista e atualizada em 2011.

Leonardo Paixão (*).


            O livro é uma compilação de fatos da vida do médium de efeitos físicos Francisco Peixoto Lins. O Autor na “Apresentação à Terceira Edição” diz que o livro “propiciará aos leitores de todo o país a oportunidade de conhecer e estudar as experiências de efeitos físicos produzidas a partir da mediunidade de Francisco Peixoto Lins – Peixotinho, bem como aspectos da vida do grande trabalhador cristão, importantes até como exemplo a ser seguido pelas novas gerações de estudiosos da Doutrina Espírita” (p. 5).

            Continuando a falar acrescenta que a obra “Atende a uma demanda que se intensificou com o esgotamento da segunda edição, ante o surgimento de novos grupos de estudos científicos do Espiritismo que requisitam estes escritos, notadamente entre médicos, biólogos, físicos e centenas de trabalhadores que integram centros e instituições espíritas no Brasil e no exterior” (p.5).

            “Espiritismo é filosofia, religião e também ciência, e ciência se constrói com registros e correta divulgação” (p.6)

            Este é um alerta importante e o autor afirma no trecho acima citado que os novos grupos de estudiosos e trabalhadores da Doutrina devem ser “mais cuidadosos em relação ao registro de seus estudos e experiências” (p.6).

            Na “Apresentação à Segunda Edição” colhemos a seguinte advertência: “Peixotinho sempre procurou fugir das armadilhas do elogio fácil e até mesmo do endeusamento, perigos que rondam os trabalhadores da mediunidade e que têm sido responsáveis por inúmeras falências” (p. 13).

            É uma advertência esta para aqueles que não trilham pela vigilância, se preocupando com o seu nome e não com a obra do Cristo, esquecendo-se das palavras de João Batista, anotadas por João Evangelista no capítulo 3, versículo 30 de seu Evangelho: “É necessário que Ele cresça e que eu diminua”.


            Uma significativa lição de Peixotinho é a seguinte frase: “O fenômeno convence, mas não edifica. Muito menos converte”. Acrescenta o Professor Humberto que “Esta frase era constantemente repetida por Peixotinho. Conversão e aquisição de consciência, mergulho definitivo no poço profundo do próprio Eu. Esta, a maior experiência humana, encontro do homem com ele mesmo e com o Pai, sonho do filósofo ainda não concretizado” (p.31).

            De nada adianta querer demonstrar a Imortalidade da Alma para quem não deseja. Na “Mensagem de André Luiz” no livro “Nosso Lar”, aconselha o nobre Espírito: “A existência humana apresenta grande maioria de vasos frágeis, que não podem conter ainda toda a verdade. Aliás, não nos interessaria, agora, senão a experiência profunda, com os seus valores coletivos. Não atormentaremos alguém com a ideia da eternidade. Que os vasos se fortaleçam em primeiro lugar”.


            “Os médiuns são pessoas especiais. Dotadas de grande sensibilidade, frequentam sempre uma perigosa zona de fronteira, entre o êxito e a queda. Firmam-se definitivamente como médiuns, ao lado de seus orientadores, ou se perdem nos labirintos da vaidade, motivo mais constante das falências. Assim tem sido” (p. 35, capítulo Caminho de Damasco).

            Aqui novamente o alerta para a vigilância que os médiuns devem ter constantemente, relembrando o que está escrito em “O Livro dos Médiuns”, de Allan Kardec, no item 197, onde estão relacionadas as características dos bons médiuns.

            O autor relata a experiência mediúnica de Peixotinho com a sua filha desencarnada por volta de seus dois anos de idade: “A qualquer gesto seu, que contrariasse os compromissos superiores assumidos, Aracy, em espírito, acendia como luz diante de sua vista mediúnica. Graciosamente meneava a cabeça, em gesto negativo: - Não, papai. Não ao cigarro. Não à cervejinha aparentemente inofensiva. Não às fraquezas do espírito, em geral, bravatas da imaturidade dos homens.” (p. 35-36).

            Peixotinho haveria de confessar: “Minha Damasco”.  “E o novo servo de Deus aceitou a superior vontade”.

            O trabalhador espírita responsável não se deixará envolver nestes processos viciosos do mundo, temos aqui o exemplo de Peixotinho que se imbuiu da responsabilidade do serviço, fazendo lembrar a advertência de D. Yvonne Pereira aos médiuns, de que o serviço mediúnico exige renúncias para se fazer satisfatório e verdadeiramente amparado pelo Alto (Conforme À Luz do Consolador, p. 65-67, 2. ed. FEB, cap. O Grande Compromisso).

            Sobre o homem Peixotinho falará o Autor: “sua casa era refúgio de quantos se encontrassem sobrecarregados, lugar para conversas e confissões, onde os amigos procuravam espairecer nos momentos de dificuldades. (...) os aflitos encontravam sempre ouvidos atentos e solícitos, mãos que ajudavam, palavras de consolação e otimismo. Não se diziam cansados de servir” [ Peixotinho e sua esposa Benedita Muniz Vieira – D. Baby] (p. 53).

            Na página 54 deparamos com este salutar conselho sobre reuniões mediúnicas:

            “As reuniões no ambiente doméstico, recursos desaconselháveis para qualquer tipo de reunião mediúnica”.

            Hoje com a facilidade que temos para frequentar as Casas Espíritas e com o estudo que nos dá o discernimento para percebermos se a Casa está bem orientada ou não, dispondo-nos então ao trabalho do auxílio quando assim for necessário e assim formos chamados, já não cabe realmente nenhuma proposta de trabalhos de tal natureza no lar, onde não se terá o ambiente propício para tal, que os trabalhadores da Causa estejam atentos a isto.

            A partir da página 131 nós temos Depoimentos diversos de pessoas que participaram das reuniões com o médium Peixotinho, onde muito poderemos aprender sobre os fenômenos ocorridos através do médium como cirurgias, retratos de Espíritos, Psicografia, Psicopacitografia, etc...

            Nas páginas 163-165 há uma carta de Chico Xavier ao médium onde este o chama de “Amado Filhinho” e uma carta de próprio punho da médium Yvonne do Amaral Pereira enviando solidariedade à família pela partida do devotado trabalhador.

            A partir da página 268 o livro traz algumas Atas das Reuniões realizadas com o médium no GE André Luiz, no RJ.

            Por estes preciosos ensinamentos e pelo resgate histórico da vida e da obra de Francisco Peixoto Lins recomendamos a sua leitura.

(*) -  Leonardo Paixão é Orador espírita (que tem viajado por alguns Estados brasileiros, quando possível, na divulgação da Doutrina Espírita), articulista, poeta, tem críticas literárias publicadas no site orientacaoespirita.org e um artigo publicado em Reformador em Agosto de 2010, A Revelação - uma perspectiva histórica e tem escrito alguns artigos no jornal eletrônico O Rebate. Participa com um grupo de amigos de ideal do GE Semeadores da Paz em Campos dos Goytacazes, RJ, onde exerce direção de estudos e trabalhos na área mediúnica, atuando como médium psicofônico na desobsessão e como psicógrafo de mensagens esclarecedoras, poesias e cartas consoladoras.

           

quinta-feira, 19 de junho de 2014

SOBRE MÉDIUNS E MEDIUNIDADE
 
 
 
                                                                  Leonardo Paixão (*)
 19/06/2014 - Campos dos Goytacazes, RJ
Artigo publicado no jornal eletrônico O Rebate: http://orebate-jorgehessen.blogspot.com.br/2014/06/sobre-mediuns-e-mediunidade.html


A mediunidade é tema sempre frequente nos estudos do Espiritismo e isto por um motivo muito claro: o Espiritismo foi organizado a partir de comunicações mediúnicas analisadas por Allan Kardec que, então, percebendo no teor de comunicações sérias uma filosofia, organizou-as e as dispôs em livros (1).
Os médiuns devem ser interessados no estudo da faculdade mediúnica, pois, somente com uma orientação devida não se deixarão envolver não só por espíritos mistificadores e zombeteiros, mas também por sentimentos outros próprios da personalidade humana como vaidade, orgulho, personalismo, etc.
Ao estudarmos a mediunidade, compreendemos que se trata de uma faculdade natural e que o fato de se possuí-la não torna ninguém especial ou santo.
Infelizmente, muitos espíritas leem, estudam até, mas não compreendem tal coisa. Isto está patente quando vemos em eventos tais Seminários e Congressos, onde médiuns que também são oradores, neles comparecem, é uma ânsia de se aproximar deles, abraça-los, beijá-los, perguntar-lhes o que desejam (no sentido de se lhes saciar a sede ou a fome), compram-se os livros por estes médiuns psicografados e, não raro, ficam eles nas prateleiras sem a utilidade que devem ter: o de serem estudados. Esquece-se aqui da instrução de Allan Kardec que é a de tudo se examinar e, independente de qual médium tenha sido instrumento desta ou daquela mensagem, deste ou daquele livro, se algo provocar dúvida, que a informação dada seja posta como uma opinião do Espírito e não como uma verdade, um princípio da Doutrina. Na Introdução de O Evangelho segundo o Espiritismo, item II, no 6º parágrafo adverte Kardec:
 
"Sabe-se que os Espíritos, em virtude da diferença entre as suas capacidades, longe se acham de estar, individualmente considerados, na posse de toda a verdade; que nem a todos é dado penetrar certos mistérios; que o saber de cada um deles é proporcional à sua depuração; que os Espíritos vulgares mais não sabem do que muitos homens; que entre eles, como entre estes, há presunçosos e sofâmanos, que julgam saber o que ignoram; sistemáticos, que tomam por verdades as suas ideias; enfim, que só os Espíritos da categoria mais elevada, os que já estão completamente desmaterializados, se encontram despidos das ideias e preconceitos terrenos; mas, também é sabido que os Espíritos enganadores não escrupulizam em tomar nomes que lhes não pertencem, para impingirem suas utopias. Daí resulta que, com relação a tudo o que seja fora do âmbito do ensino exclusivamente moral, as revelações que cada um possa receber terão caráter individual, sem cunho de autenticidade; que devem ser consideradas opiniões pessoais de tal ou qual Espírito e que imprudente fora aceita-las e propagá-las levianamente como verdades absolutas".
 
Que temos visto ocorrer? Livros e mais livros saindo de editoras e os médiuns que os recebem não os colocando para a análise, mas os dando a público e os defendendo nas palestras que fazem. Há os que dizem ser tal ou qual comunicação deste ou daquele Espírito opiniões deles, mas quando surge alguém e lhes mostra a falta de lógica nesta ou naquela posição tomada pelo Espírito, o médium , ao invés de agir, dizendo que a questão, se for verdadeira, o futuro dirá, através de outras comunicações por outros médiuns e por outros Espíritos ou até, dependendo do que fala a comunicação, do progresso científico da Humanidade, prefere o médium acusar os que pensam diferente de sarcásticos juízes, estes estão na seguinte classificação de Allan Kardec em O Livro dos Médiuns, segunda Parte, capítulo XVI, item 196:
 
"Médiuns suscetíveis: variedade dos médiuns orgulhosos, suscetibilizam-se com as críticas de que sejam objeto suas comunicações; zangam-se com a menor contradição e, se mostram o que obtém, é para que seja admirado e não para que se lhes dê um parecer. Geralmente, tomam aversão às pessoas que os não aplaudem sem restrições e fogem das reuniões onde não possam impor-se e dominar.
" Deixai que se vão pavonear algures e procurar ouvidos mais complacentes, ou que se isolem; nada perdem as reuniões que da presença deles ficam privadas". - Erasto.
 
Duras palavras de Erasto, mas não menos verdadeiras.
Claro que encontramos médiuns que se portam dignamente, não se dando valor acima do real e conscientes de que não estão isentos de serem enganados, por isso, levam as comunicações que recebem a companheiros mais experientes, não se aborrecendo com as críticas que se façam às suas produções mediúnicas. Uma qualidade de médiuns que parece estar a faltar é a de "médiuns modestos: os que nenhum reclamo fazem das comunicações que recebem, por mais belas que sejam. Consideram-se estranhos a elas e não se  julgam ao abrigo das mistificações. Longe de evitarem as opiniões desinteressadas, solicitam-nas" (O Livro dos Médiuns, item 196), daí se chegará à qualidade de "médium seguro".
Estudar a Doutrina Espírita em suas bases, manter uma conduta digna, orar com fervor diariamente, não se gloriar com as comunicações que recebe seja qual for o nome que as assine, esta a defesa para o personalismo. Os Espíritos Sebastião Lasneau e  Eurícledes Formiga aconselham aos médiuns nestes sonetos:
 
MÉDIUM COM JESUS
 
Mediunidade é o dom que nos delega
O Criador para o nosso progresso,
Pois cada psiquismo se encontra imerso
Na torrente mental que tudo agrega.
 
Mediunidade é base do altruísmo
E do socorro àquele que estorcega;
Da escuridão a consciência despega
Com paciência, longe do imediatismo.
 
Bendito é quem, pela mediunidade,
Valoriza o bem e a fraternidade,
E se renova, alcançando mais luz,
 
Por ter tornado o estudo continuado
O caminho seguro e alcandorado
Para ser um bom médium com Jesus.
 
Sebastião Lasneau
(Mensagem psicografada por José Raul Teixeira, em 06/10/2010, durante a Reunião Ordinária do Conselho Federativo Nacional da FEB, em Brasília, DF e publicada em Reformador em janeiro de 2011).
 
MEDIUNIDADE GLORIOSA
Faculdade natural na espécie humana
É a mediunidade, dom divino
Sem distinção, do servo ao menino
Pois uma só é a fonte donde promana...

Exercer a faculdade que irmana
Todos os seres em passo uníssono
É louvar ao Senhor com afável hino
Que do coração fiel emana...

Faça bom uso da mediunidade
Estudando e trabalhando na caridade
Sempre com atitude digna, honrosa.

Assim agindo, com probidade
Alcançarás interior felicidade
Elevando-te à mediunidade gloriosa...

Eurícledes Formiga

(Soneto recebido em reunião íntima do Culto Newton Boechat no dia 29/05/2014 pelo médium Leonardo Paixão).
 
Médiuns! Esforcem-se para com Jesus alçarem a mediunidade à mediunidade gloriosa!
 
Nota: (1) - As obras de Allan Kardec são:
1- O Livro dos Espíritos;
2 - Instruções Práticas sobre as Manifestações Espíritas;
3 - O que é o Espiritismo;
4 - O Livro dos Médiuns;
5 - O Espiritismo em sua mais simples Expressão;
6 - Viagem Espírita em 1862;
7 - O Evangelho segundo o Espiritismo;
8 - O Céu e o Inferno;
9 - A Gênese;
10 - Obras Póstumas;
11 - Resumo da Lei dos Fenômenos Espíritas;
12 - Revista Espírita - Ano 1858;
13 - Revista Espírita - Ano 1859;
14 - Revista Espírita - Ano 1860;
15 - Revista Espírita - Ano 1861;
16 - Revista Espírita - Ano 1862;
17 - Revista Espírita  - Ano 1863;
18 - Revista Espírita - Ano 1864;
19 - Revista Espírita - Ano 1865;
20 - Revista Espírita - Ano 1866;
21 - Revista Espírita - Ano 1867;
22 - Revista Espírita - Ano 1868;
23 - Revista Espírita - Ano 1869;
24 - A Obsessão;
 
Colocamos aqui a relação das obras de Kardec, pois concordamos com o que diz o espírito Deolindo Amorim:
 
“(...) Alguns confrades, referindo-se a um pentateuco kardequiano, constituído pelo O livro dos espíritos, O livro dos médiuns, O evangelho segundo o Espiritismo, O Céu e o Inferno e A Gênese, dão-lhe tal conotação que ficam a um passo da sacralização dos textos, olvidando não só a natureza da doutrina espírita, mas também a importância de outros textos de Kardec como todo o material recolhido na Revista Espírita (AMORIM, Deolindo (espírito). Convite à Reflexão [psicografia e notas de] Élzio Ferreira de Souza. São Paulo, SP: Lachâtre, 2008. p. 52 – nota 1).
 
(*) Leonardo Paixão é Orador espírita (que tem viajado por alguns Estados brasileiros, quando possível, na divulgação da Doutrina Espírita), articulista, poeta, tem críticas literárias publicadas no site orientacaoespirita.org e um artigo publicado em Reformador em Agosto de 2010, A Revelação - uma perspectiva histórica e tem escrito alguns artigos no jornal eletrônico O Rebate. Participa com um grupo de amigos de ideal do GE Semeadores da Paz em Campos dos Goytacazes, RJ, onde exerce direção de estudos e trabalhos na área mediúnica, atuando como médium psicofônico na desobsessão e como psicógrafo de mensagens esclarecedoras, poesias e cartas consoladoras.

quarta-feira, 11 de junho de 2014

SUICÍDIO: PREVENÇÃO E AUXÍLIO ESPIRITUAL

Por Leonardo Paixão(*)
Publicado em O Rebate: http://orebate-jorgehessen.blogspot.com.br/2014/06/suicidio-prevencao-e-auxilio-espiritual.html
“Da Terra, todavia, não eram raras as vezes que discípulos de Allan Kardec, procurando pautar atitudes por diretrizes cristãs, se congregavam periodicamente em gabinetes secretos, tais como os antigos iniciados no segredo dos santuários; e, respeitosos, obedecendo a impulsos fraternos por amor ao Cristo Divino, emitiam pensamentos caridosos em nosso favor, visitando-nos frequentemente através de correntes mentais vigorosas que a Prece santificava, tornando-as ungidas de ternura e compaixão, as quais caíam no recesso de nossas almas cruciadas e esquecidas, quais fulgores de consoladora esperança!” (YVONNE A. PEREIRA. Memórias de um Suicida/[pelo Espírito Camilo Cândido Botelho, sob a orientação do Espírito Léon Denis]; 7. ed. – 2ª reimpressão – Rio de Janeiro: Federação Espírita Brasileira, 2010. p. 105-106).

"Uma pessoa se suicida no mundo a cada 40 segundos aproximadamente, ou seja, mais do que o número combinado das vítimas de guerras e homicídios", informa o relatório da Organização Mundial da Saúde (1).
Estatísticas demonstram que o número de suicídio entre os jovens muito aumentou. “O suicídio é a segunda causa de morte no mundo entre os adolescentes de 15 a 19 anos, mas também alcança taxas elevadas entre pessoas mais velhas” (2). Várias são as causas de suicídio entre os jovens: excesso de estudo com pressão psicológica no campo da competitividade; desemprego, fazendo com que o jovem se sinta um inútil; abuso da sexualidade, especialmente quando ex-namorados fazem circula vídeos íntimos na Internet, levando muitas adolescentes a se decidirem, diante da vergonha perante a sociedade, pelo malfadado gesto; violência sexual; abuso de entorpecentes.
O filósofo russo Léon Tolstoi disse: “A Vida é Deus e amar a Vida é amar a Deus”. Somente uma sólida educação moral, que muito tem faltado na atual realidade humana, é um preventivo do suicídio.
“(...) a prevenção do suicídio envolve uma variedade de atividades, incluindo a boa educação das crianças, aconselhamento familiar, tratamento das perturbações mentais, controle ambiental de fatores de risco, e educação da comunidade. A educação eficaz da comunidade, uma intervenção vital e básica, inclui o entendimento das causas do suicídio, assim como a sua prevenção e tratamento” (Relatório da OMS em Genebra, 2006).

            Esta educação moral começa no núcleo familiar – célula mater da sociedade -, onde desde o nascimento à vida adulta, os responsáveis pelos rebentos de seu lar deverão dar o exemplo de uma vida digna, demonstrando o quanto traz quietação interior uma vivência regrada, honesta, desapegada, não voltada para o sistema consumista que deseja governar o mundo e que infelizmente já governa a vida de milhões de pessoas haja vista os casos e criações de grupos de tratamento para consumistas desenfreados.
            Não podemos deixar de falar sobre a posição religiosa, pois que a fé em Deus – o que representa falar que se crê em Deus – é de importância capital; quando se tem a convicção de que uma Força, uma Lei Maior rege o Universo e que se é manifestação da Vontade desta Força, há de se pensar bem ante qualquer dificuldade que, à primeira vista, pareça insolúvel e que apenas com o findar da existência se alcançaria o fim da problemática. Não. O ser de fé, mas fé verdadeira, não vacilante, sabe que possui um recurso essencial que lhe garante não só a paz íntima como também lhe dá ideias a surgirem “do nada” (processo intuitivo), favorecendo-o na resolução de seus problemas: a prece (3).
            No excerto que colocamos antes de nosso texto, temos amplos assuntos de estudo, desde a figura de Allan Kardec, as reuniões espíritas e o auxílio da prece aos que, frágeis diante das adversidades, escolheram o suicídio como porta de saída de seus sofrimentos e os encontrando muito maiores na Vida pós-morte.
            Que nós, espíritas, discípulos de Allan Kardec e do Amor do Cristo, não nos esqueçamos de, diariamente, enviarmos aos nossos irmãos suicidas o bálsamo reconfortante a levar ternura e compaixão a estas almas de muitos, mesmo de seus familiares, esquecidas. Assim fazendo, também a nós a Misericórdia Divina auxiliará, além de, no Mundo dos Espíritos, granjearmos amigos repletos de gratidão por nosso ato simples, mas de inexcedível valor.
Notas:
(1) - http://www.who.int/mental_health/media/counsellors_portuguese.pdf
(2) - http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2012/09/um-milhao-de-pessoas-morrem-por-suicidio-no-mundo-ao-ano-diz-oms.html
(3) – Falamos do ato da prece independente da religião de cada um, o colocamos como recurso, pois, como espírita bem compreendemos a oração como excelente recurso a aliviar nossas angústias e a favorecer a intuição. É interessante observar o seguinte trecho do Relatório da Organização Mundial da Saúde sobre suicídio, Genebra, 2006:
 
“Durante a gestão do suicídio, é importante que o conselheiro não expresse perspectivas morais, religiosas, ou filosóficas pessoais, pois as mesmas poderiam contribuir para bloquear a comunicação e alienar o indivíduo suicida. Recursos potencialmente úteis, tanto pessoais como da comunidade, necessitam de ser processados com o indivíduo. Isto pode incluir a família, amigos, sacerdotes, curandeiros, ou outras fontes de apoio. Também é importante não fazer promessas a respeito de confidencialidade acerca das intenções suicidas do indivíduo”.


(*) Leonardo Paixão é Orador espírita (que tem viajado por alguns Estados brasileiros, quando possível, na divulgação da Doutrina Espírita), articulista, poeta, tem críticas literárias publicadas no site orientacaoespirita.org.br e um artigo publicado em Reformador em Agosto de 2010, A Revelação - uma perspectiva histórica e tem escrito alguns artigos neste jornal (O Rebate). Participa com um grupo de amigos de ideal do GE Semeadores da Paz em Campos dos Goytacazes, RJ, onde exerce direção de estudos e trabalhos na área mediúnica, atuando como médium psicofônico na desobsessão e como psicógrafo.

quinta-feira, 5 de junho de 2014

ORAÇÕES PELO BRASIL
O pessimismo nunca foi capaz de solver quaisquer dificuldades no campo prático da vida, porque sua adoção representa o sepultamento da criatividade e da força moral na intimidade dos seres.
Portanto, à frente dos panoramas sombrios e incertos, o Gênio denominado Boa Vontade, na contramão do pessimismo, é que responderá sempre pelo soerguimento da obra em pauta.
Amando sempre mais o País dadivoso que nos tem ensejado progredir e tanto aprender sobre a Vida e a Vontade de Deus, observamos do Além as guerras sem trincheiras entre facções de interesses pessoais que nos lembram os rasos soldados do Império Romano disputando o manto de Jesus, ali crucificado pela crueldade e insensatez dos homens daquele tempo…
Jogos de pura vaidade sob o domínio exclusivo do interesse pessoal prevalecendo, ainda hoje, sobre temas tão sagrados de vida coletiva, de rumos redentores a interessarem à alma brasileira!…
O poder máximo na República é uma espécie de exílio de curta duração, desde que distanciado das realizações que visam ao fomento da educação, ao progresso múltiplo da vida social organizada, entre o binômio justiça e liberdade relativos ao grau de evolução já alcançado pela comunidade.
Se no plano dos que se vestem de carne a confusão e os conflitos de menor monta se intensificam, colocando à prova todas as conquistas já formalizadas da Pátria, tanto quanto os modelos de gestão erigidos por ideais, de nosso lado – na Vida Espiritual – a atenção dos mais evolvidos e responsáveis planifica, com a sabedoria dos mestres e com a devoção dos santos, a renovação visceral dos modelos saturados que vêm substituindo egos e sistemas viciantes quanto viciados de política mundial.
Essas benditas terras beijadas pelo Sol dos Trópicos e banhadas permanentemente pelo Atlântico ao longo de quase oito mil e quinhentos quilômetros de costa, há de viver novos dias e fecundas esperanças, sob a bênção de uma consciência iluminada pelo Cristo e ao calor de um sentimento vivo, convertido em fraternidade!
Se o ápice das ambições humanas pode estar representado pela conquista do poder temporal que faz gerir a máquina das riquezas perecíveis e mutantes, a meta dos que estamos fora do corpo, tendo os olhos da alma purificados pelas águas regenerativas do Evangelho do Senhor, encontra-se exatamente na transformação dos sistemas e das ações centradas no “eu”, para que a regeneração dos costumes se torne a Regeneração dos povos, no rumo efetivo de Deus!
Nunca o Brasil – abençoado e convocado por Jesus a ser um Celeiro para o mundo – necessitou tanto de nossas orações caridosas e apartidárias, pois esse torrão de nossas esperanças tem sido o palco de lutas inglórias, de rebeliões injustas e de exploração vil!
 
Somente o amor iluminado pela fé em Deus e em nós mesmos poderá fazer de nossa Pátria a nova Estrela de Belém, anunciando a chegada de Novos Tempos para toda a Terra!
JUSCELINO KUBITSCHEK
(Mensagem psicografada pelo médium Wagner Gomes da Paixão em reunião pública do dia 24 de março de 2014 no Grupo Espírita da Bênção, em Mário Campos, MG).
 
PRUDÊNCIA
Aquietemo-nos! Relembram os Instrutores Espirituais.
A transição recomenda prudência.
A Pátria do Cruzeiro, com a responsabilidade de representar a fraternidade na Terra, está diante dos olhos do Mundo que aproveitando a ocasião dos jogos redescobre o Brasil.
Colocamo-nos, nesse momento, à disposição dos benfeitores, para pedir as bênçãos para nossa gente, para nossa terra, para nosso torrão Natal. E percebemos o cuidado dos Espíritos Nobres que representam os Pais da Pátria, para zelar pelo equilíbrio, pela prudência e pela ordem.
Os benfeitores nos recomendam prudência. Aquietarmos antes de acelerarmos; paciência, antes que a preocupação maior; oração, antes que o receio.
Os nossos Amigos Maiores pedem que nos habituemos nesses dias: amanhecer orando pela Pátria; durante o dia, mentalizar a paz na Pátria; ao adormecer, orar pelo equilibro da Pátria, porque o mundo espiritual nobre, certamente, cuidando de nós, cria as condições de defesa para que os acontecimentos ocorram com equilíbrio, para que a ordem não se deixe vencer pela desordem, para que a prudência nos conduza com equilíbrio à condução do processo das mudanças necessárias.
Os irmãos infelizes, acostumados à balburdia, à desordem no mundo espiritual inferior, querem aproveitar, também, no seu trabalho organizado, chamar atenção do mundo, para desmoralizar o grande Programa de Jesus para o Brasil.
Por isso, em nome deles, nós queremos pedir aos nossos companheiros o hábito da oração em favor da paz.
Teremos, certamente, preocupações graves que devem esperar de nós e receber das nossas orações o testemunho do equilíbrio, para que as forças do mal não encontrem espaço também em nós.
Os espíritas conhecedores desses acontecimentos, da ação dessas criaturas infelizes, nossos irmãos, devemos estar conscientes de que representamos elos da grande corrente da Bondade que protege o grande programa que o Cristo de Deus colocou nas mãos do povo Brasileiro.
Estejamos, pois, meus irmãos, atentos, não sejamos aqueles que multipliquem as más informações e notícias, mas asserenados, aquietados, nos liguemos aos benfeitores, nesse momento importante, para que possamos transmitir para o Mundo inteiro a nossa gente tão boa, a expectativa de um ambiente de paz e de um povo ordeiro e generoso, e sobretudo Cristão.
Orando juntos, estaremos ligando as forças vivas da bondade, que emana do coração do nosso mestre, o Cristo de Deus, estaremos oferecendo aos nossos dirigentes encarnados, aqueles homens e mulheres que têm a incumbência de zelar pelo equilíbrio e pela orientação política, econômica, social do Brasil, para que os acontecimentos, que possam ocorrer, não perturbem a generalidade da Nação, e para que o programa do Cristo se faça maior do que os transtornos, e para que, de um modo geral, todos nós contribuamos para a paz.
Mantenhamo-nos aquietados, confiantes, vigilantes e orando, entregando-nos às mãos santíssimas de Jesus de Nazaré.
O Anjo Ismael, aqui, na Federação Espírita Brasileira, organizou programa de trabalho intenso, com os espíritos que representam os dirigentes espirituais do Brasil, para estabelecer nos pontos estratégicos, em Brasília, nas demais cidades importantes do País, as defesas geradas, necessárias para a vigilância e para que a ordem não se perturbe.
Não tenhamos receios, confiemos atentos.
Os momentos políticos que vive o planeta não têm como não refletir no Brasil, e representando o foco do Mundo nesses dias é importante que estejamos aqui na nossa Casa, oferecendo o melhor ambiente vibratório de beleza espiritual, para que o Anjo Ismael possa cumprir, com o apoio dos Espíritos Nobres, o programa de Jesus.
Os momentos recomendam prudência, como dizíamos, e cuidado.
Oremos meus irmãos e mantenhamo-nos em paz.
Que Jesus abençoe a Pátria que amamos, que o Cristo de Deus ilumine as consciências das nossas autoridades, que os ambientes dos jogos sejam protegidos pelas forças da luz, e que a nossa certeza na condução dessas energias nobres faça de nós também instrumento da paz.
Que o Cristo de Deus nos abençoe, abençoe a Federação Espírita Brasileira, abençoe o nosso País, e nos inclua no grande programa dos trabalhadores do Bem.
Abraço-vos, fraternalmente,
José do Patrocínio.
(De gravação de psicofonia pelo médium João Pinto Rabelo, na reunião do Grupo de Assistência e Apoio aos Povos da África, na sede da FEB, no dia 10 de maio de 2014).
DESTINOS DO BRASIL
Brasil – país de mil venturas, onde encontramos um posto de socorro às almas de consciência enegrecida.
Desde a fundação de sua capital, temos o coração cada vez mais voltado para esta Pátria, para este povo que, mesmo em meio à dores, sabe sorrir e amparar aos irmãos mais necessitados, ainda que se esteja também precisado de algo.
O Brasil, em sua destinação de Pátria do evangelho e Coração do Mundo, irradia em seu Mundo Invisível os pensamentos de irmãos nossos que manejaram a arte política, buscando dar o melhor de si e favorecer ao povo que, ardentemente, sempre buscou a liberdade.
Hoje, em que o recém-nascido país já tem mais de quinhentos anos de existência, manifestações diversas se fazem clamando por Justiça e Verdade. Nunca – especialmente nos atuais trâmites -, o Brasil necessitou tanto de orações. Convocamos aos irmãos espiritistas, sabedores das sábias Leis que regem os destinos do Ser, a orarem nem que seja por breve minuto, todos os dias, por esta nossa Pátria, onde brilha o ouro da Fraternidade e se tem o suave verdor da Esperança.
Confiando em Jesus e nos Embaixadores do Anjo Ismael que governa os destinos do povo brasileiro, vos abraçamos contentes,
JK (Juscelino KubitscheK)
(Página recebida em reunião íntima do GE Semeadores da Paz no dia 03/06/2014 pelo médium Leonardo Paixão, Campos, RJ).
 
Pedindo ao confrade Jorge Hessen (*), de Brasília observações sobre estas três mensagens vindas por médiuns diferentes e em Estados diferentes do Brasil, ele nos enviou o seguinte e-mail com suas observações judiciosas:
Prezado Leonardo,
Fiz  uma reflexão  de  "conteúdo"  e não de "formato ou  estilo"  dos autores desencarnados. Considerando as características da colheita mediúnica (psicográfica e psicofonicamente ) , obviamente,  identificamos recados simples e de  amplos cabimentos.
 
Digo e reafirmo que se o Brasil conservar-se sob o guante de um  governo de ideologia materialista , mesclado de apoquentadores  abortistas , pouco se poderá fazer  para o futuro próximo. A  espiritualidade sabe de sobejo que o caos social  será apenas reflexo desse vil projeto. 
 
Ou o governo  impede a sanha sanguissedenta dos abortistas que planejam convalidar o assassinado de bebês no ventre materno,  ou não haverá  soluções a curto prazo, para a instalação de uma atmosferaa social  mais  amena na Pátria do Evangelho.

Não será com a espetacularização  da seleção “canarinho”, nem a indignação dos gastos com a copa para o famigerado show da FIFA que modificará o quadro obscuro do futuro.  Logicamente a prece auxiliará abundantemente, mas o que consubstanciará a harmonia entre todos, serão as   ações positivas da população nas próximas eleições. Nessa ocasião podemos embelezar a  textura da administração pública  a fim de que  a Pátria do Evangelho não conste o rol dos nefastos países abortistas.
Esse deve ser o foco das orações e recordemos que isso infelizmente não foi feito quando a Suprema Corte do País aprovou o assassinato de anencefálicos.
 

 
Esse fato trouxe um "carma" de consequências imprevisíveis e poucos  conseguem perceber essa realidade , infelizmente!

Oremos muito, para que nas próximas eleições e sob a inspiração dos Bons Espíritos saibamos escolher os futuros governantes do0 "Coração do Mundo"!
 
 
Abraço cordial.
Jorge Hessen​
 
(*)  Jorge Hessen, nascido no Rio de Janeiro a 18/08/1951, Servidor Publico Federal, residente em Brasília desde 1972. Formado em Estudos Sociais com ênfase em Geografia e Bacharel e Licenciado em História pela UnB. Escritor livros publicados: Luz na Mente publicada pela Edicel, Praeiro, um Peregrino nas Terras do Pantanal publicado pela Ed do Jornal Diário de Cuiabá/MT, Anuário Histórico Espírita 2002, uma coletânea de diversos autores e trabalhos históricos de todo o Brasil, coordenado pelo Centro de Documentação Histórica da União das Sociedades Espíritas de São Paulo - USE. Articulista com textos publicados na Revista Reformador da FEB, O Espírita de Brasília, O Imortal, Revista Internacional do Espiritismo, O Médium de Juiz de Fora, Brasília Espírita, Mato Grosso Espírita, Jornal União da Federação Espírita do DF. Artigos publicados na WEB da Federação Espírita Espanhola, l'Encyclopédie Spirite. Revista eletrônica O Consolador, da Espiritismogi.com.br, Panorama Espírita, Garanhuns Espírita e outras.