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quinta-feira, 28 de agosto de 2014

OBSESSÃO SIMPLES
 
 
Por Leonardo Paixão (*)
“Dá-se a obsessão simples, quando um Espírito malfazejo se impõe a um médium, se imiscui, a seu mau grado, nas comunicações que ele recebe, o impede de se comunicar com outros Espíritos e se apresenta em lugar dos que são evocados” – Allan Kardec – O Livro dos Médiuns, Segunda Parte, cap. XXIII – item 238.
 
            Devido a trazer consigo a expressão “simples”, o gênero de obsessão que Allan Kardec classificou como obsessão simples tem sido mal interpretado por alguns adeptos do Espiritismo. O Codificador, no mesmo item 238 acima citado, afirma: “Este gênero de obsessão é, portanto, apenas desagradável e não tem outro inconveniente, além do de opor obstáculo às comunicações que se desejara receber de Espíritos sérios, ou dos afeiçoados”. É preciso compreender que Allan Kardec fala aqui especificamente dos médiuns ostensivos. Raciocinemos sobre o último parágrafo do item 238: “Podem incluir-se nesta categoria os casos de obsessão física, isto é, a que consiste nas manifestações ruidosas e obstinadas de alguns Espíritos, que fazem se ouçam, espontaneamente, pancadas ou outros ruídos”.
            Pois bem, a obsessão física, mais conhecida por poltergeist, ainda que simples, em geral, demanda, ao menos é a nossa experiência com tais casos, um certo tempo para que venha a cessar e, assim como um Espírito que vive a se intrometer nos comunicados de um médium não o faz em um só dia em caso de obsessão simples, os Espíritos que provocam o poltergeist ou obsessão física também buscam perturbar o máximo de tempo e, especialmente, em horas as mais inapropriadas. Raramente os fenômenos físicos deixam de ocorrer com apenas uma sessão de desobsessão, há casos que duram anos.
            Em nosso Movimento Espírita atual têm ocorrido com enorme  frequência tal gênero obsessivo, ao ponto de o tribuno Divaldo Pereira Franco dizer que  70 a 80% do Movimento Espírita está comandado pelas trevas. Perguntar-se-á: Mas, se está comandado pelas trevas não é porque se está no grau de obsessão por fascinação?
Respondemos que não é o caso, e isto, devido a uma observação de nosso confrade Alírio de Cerqueira Filho, de que os Espíritos obsessores têm mantido a lucidez intelectual dos que mantém sob sua influência, não interessa muito a estes Espíritos o fechar as Casas Espíritas, a tática mudou, agora eles preferem ir adentrando a mente dos dirigentes e, devagar, impondo ideias como o autoritarismo, a imposição do que se quer, a sensação de superioridade sobre os demais (conhecemos dirigente de casa espírita que interrompe palestras dos convidados a falarem na Casa que dirige, demonstrando prazer em se colocar como conhecedora, não enxergando o ridículo que passa por, claro, não ser superior a ninguém e  a gerar antipatia dos frequentadores), são pessoas que, em se mantendo lúcidas, acreditam estar lutando pela pureza doutrinária, se esquecendo que pureza doutrinária é o “zelar pelo patrimônio que nos foi concedido pela Revelação, respeitar e praticar, com autenticidade e exemplos bons, os ensinamentos superiores, os quais á um século [hoje pouco mais de um século e meio] recebemos do Alto, é assimilarmos esses mesmos ensinamentos livres de sofismas e ideias pessoais que a vaidade inspira; é sermos humildes de coração e dignos da assistência espiritual que não cessamos de rogar, aprendendo com o Mestre as qualidades que de cada um de nós poderão fazer um discípulo verdadeiro, e não falsos profetas que deturpam tudo aquilo que nos códigos doutrinários encontram” (Pereira, Yvonne. Cânticos do Coração, vol. 2. Rio de Janeiro: CELD, 1994. Cap. VI. Pp. 67-68).
            A obsessão simples, como vemos, não é tão simples como aparenta à primeira vista e, como todo processo de desobsessão, é fundamental a constante vigilância e o esforço diário em busca da transformação moral, pois é da obsessão simples do “vou tomar uma cervejinha hoje só pra relaxar” que tem início a subjugação do alcoolismo; é da obsessão simples do “só esta vez, não acontecerá de novo” que se iniciam adultérios, uso de drogas ditas não lícitas, o comer em excesso, o desfalque de empresas, processos de irritabilidade promovendo discussões, a ociosidade, etc. Todos os dias os noticiários estão cheios de acontecimentos que aos estudiosos dos assuntos espíritas remetem a casos de obsessão simples que terminam em tragédias. No livro “Dramas da Obsessão”, do Espírito Bezerra de Menezes, psicografia de Yvonne do Amaral Pereira, temos o relato de um caso de obsessão simples que poderia resultar em suicídios em uma família, aconselhamos a leitura ou a revisita da obra aos interessados no assunto. Paciência, perseverança, autoconhecimento com reforma íntima e oração, são itens essenciais ao obsidiado para que venha a se libertar do processo obsessivo.
Que nós, discípulos do Evangelho Redivivo, estejamos firmes, embasados no Evangelho e na Codificação Kardequiana para estarmos aptos à tarefa árdua e nobre da desobsessão.
Vigilância sempre.
Oração constante.
21/08/2014
Campos dos Goytacazes, RJ
(*) - Leonardo Paixão é Orador espírita (que tem viajado por alguns Estados brasileiros, quando possível, na divulgação da Doutrina Espírita), articulista, poeta, tem críticas literárias publicadas no site orientacaoespirita.org e um artigo publicado em Reformador em Agosto de 2010, A Revelação - uma perspectiva histórica e tem escrito alguns artigos no jornal eletrônico O Rebate. Participa com um grupo de amigos de ideal do GE Semeadores da Paz em Campos dos Goytacazes, RJ, onde exerce direção de estudos e trabalhos na área mediúnica, atuando como médium psicofônico na desobsessão e como psicógrafo de mensagens esclarecedoras, poesias e cartas consoladoras.

sexta-feira, 22 de agosto de 2014



VOO DE CONSCIÊNCIA


                                    Por Leonardo Paixão (*)

Apesar de suas tentativas de modernização da Igreja Católica com realizações de reuniões carismáticas (leia-se mediúnicas), vemos com a renúncia recente do Papa Bento XVI – o que caracterizou o ineditismo de se terem dois Papas na Igreja -,a fragilidade dela para se manter intacta diante de um mundo cada vez mais racional, onde a ingenuidade dos fieis desapareceu, restando aqui e ali um ou outro que se mantém ligado às suas tradições. O Espiritismo que veio restabelecer, através da interpretação em espírito, a Verdade trazida pelo Cristo, tem os seus profetas que denunciam estas e outras coisas, abrindo os olhos dos que os têm para ver. Eis aqui um exemplo de denúncia profética feita pelo Espírito do vate português Guerra Junqueiro, que através de médiuns como Chico Xavier, Jorge Rizzini, Dolores Bacelar, América Delgado e que vem escrevendo também por nós alguns versos. Abaixo do poema temos a opinião do sr. José Passini sobre.
Apreciem.
AO PAPADO
(Especialmente á renúncia do atual Papa Bento XVI)

Eis a grande prostituta, a Santa Igreja,
que pompas à vontade despeja,
relegando o povo sofredor e pobre
a ficar imerso em contemplação a lhe doar seu cobre.
Age assim a Igreja, esta vil Messalina
que doutrina ignóbil ensina,
traindo os ideais do Cristo que são Luz.
Fala do Alto a inspiração à flux...
Ah! É apenas um morto que aqui fala,
dirão os tolos padres vestidos de esmeralda.
O morto, porém, se faz vivo
e sua voz entoa o terrível hino
da denúncia à crueldade que a Igreja espalha
conduzindo a homens como se fossem bonecos de palha.

O Papa - este ser mandado pelos negros jesuítas -,
vem agora a público renunciar à sua tiara
demonstrando da Igreja a estrutura fraca,
ela que se orgulha de existir há dois mil anos...

Mudanças são precisas hoje e sempre e tanto,
pois imutável só o Pai Celestial,
a Igreja, no entanto, se acha a Verdade Integral
e o seu Sumo Pontífice declara: "É preciso mudar da Igreja os rumos".
É o reconhecimento de sua estrutura em areia construída,
desabando após sísmicos tremores,
que deixam-na em chorosos clamores.
E o progresso é apenas da Natureza Lei Integral

Segui, oh! clérigos impertinentes,
a enganar com sofismas aos ingênuos crentes,
que hoje vos veneram o saber,
mas que a verdade quando forem compreender -
a doutrina cristã em plenitude -, eis a abandonar os sacros muros e fazer
de suas vidas um lindo canto ao fim do anoitecer.
______________________________________
Cantai Hosanas
Cristãos da Nova Era,
Cristo vos convida
A renovar a Terra.
A hora histórica
Da grande renovação
Começa agora
Em cada coração.
Avante espíritas, avante.
Jesus aguarda
O sagrado testemunho
Dos que estão na retaguarda.
Vamos seguindo adiante
Fazendo a nossa parte
E teremos por fim
A vitória na Imortalidade.

Guerra Junqueiro e Casimiro Cunha
(Poema psicografado em reunião de psicografia do GE Luiz de Gonzaga no dia 22/02/2013 pelo médium Leonardo Paixão).

Opinião do senhor José Passini (Reitor da Universidade de Juiz de Fora, MG), enviada por e-mail:
Tudo identifica Guerra Junqueiro.
Cada vez mais, se evidencia o 666 do Apocalipse:
Os títulos do Papa, conforme o livro A Caminho da Luz, em Latim, se somados os algarismos romanos, nos três títulos, o resultado é 666.
VICARIVS GENERALIS DEI IN TERRIS
VICARIVS FILII DEI
DVX CLERI
ABRAÇO,
Passini
(*) - Leonardo Paixão é Orador espírita (que tem viajado por alguns Estados brasileiros, quando possível, na divulgação da Doutrina Espírita), articulista, poeta, tem críticas literárias publicadas no site orientacaoespirita.org e um artigo publicado em Reformador em Agosto de 2010, A Revelação - uma perspectiva histórica e tem escrito alguns artigos no jornal eletrônico O Rebate. Participa com um grupo de amigos de ideal do GE Semeadores da Paz em Campos dos Goytacazes, RJ, onde exerce direção de estudos e trabalhos na área mediúnica, atuando como médium psicofônico na desobsessão e como psicógrafo de mensagens esclarecedoras, poesias e cartas consoladoras.

quinta-feira, 14 de agosto de 2014


MORTE E VIDA

            “Quem crê em mim, mesmo que morto viverá” – Jesus (João, 11:25).

 
            A concepção de morte no homem é totalmente contrária ao que nos ensinou o Mestre Jesus.

            O Senhor, sendo ressurreição e vida, trouxe-nos as palavras de Vida Eterna. Entretanto, a Sua Mensagem continua esquecida de muitos corações que, somente passando por dores amargas, passam a enxergar a vida pela sua ótica verdadeira.

            Os vivos na carne que se preocupam apenas em ter o básico para viver e que, em realidade, neste básico não reparam os muitos supérfluos que há, são os mortos em espírito que, quando ouvirem as palavras do Cristo e as puserem no coração, ressuscitarão para uma nova compreensão da vida.

            Os verdadeiros vivos são os missionários de Deus que, silenciosamente, trabalham para que a Humanidade venha a sentir Deus em cada Ser.

            Estar vivo ou morto é questão de escolha. Que escolhamos o melhor.

            Alberto, guia do médium
            (Página recebida em reunião íntima do GE Semeadores da Paz no dia 14/01/2014 pelo médium Leonardo Paixão).

 

 

 

quinta-feira, 7 de agosto de 2014

DESCARREGANDO O PESO
 
Por Leonardo Paixão (*)
03/12/2013
 
Muitas pessoas vivem a falar da infelicidade que atitudes e palavras de pessoas queridas a elas lhes causam. São pessoas ligadas ao que o outro faz ou deixa de fazer, não compreenderam ainda que cada qual tem o seu caminho e que cada ser humano é um ser único com suas idiossincrasias, logo não há possibilidade de encontrarmos dois seres humanos internamente iguais, cada qual traz em si o seu entendimento, a sua visão de vida, daí a imensa variedade de comportamento entre os seres humanos. Colocarmos no outro a responsabilidade da nossa felicidade é simplesmente dar a ele o poder do controle da nossa vida, revelando você com isto mesmo, o pouco ou até nenhum valor que você se dá. Ora, nós não estamos em aprendizado na Terra para nos deixarmos dominar pelo outro, seja ele quem for: um líder religioso, político, reitor, presidente. Não. Estamos em aprendizado na Terra para, justamente, descobrirmos o nosso EU INTERIOR e, para isto, é preciso que, muitas vezes, haja corte de relações, tomadas de decisões que venham a contrariar muita gente, mas que você só VOCÊ sabe da importância desta atitude e o quanto ela te fará bem.

Pessoas há que vivem uma vida inteira infelizes porque veem que para serem aceitas em seu 'mundinho' elas tem de seguir as regras que a família, em muitos casos, conservadora e rígida lhes impôs. É assim que vemos mulheres infelizes no casamento, mas fazendo o papel de Amélia, mulher de verdade, não se dando conta de que com isto só estão a reprimir desejos e realizações possíveis e que não prejudicariam-nas, pelo contrário, as veriam perceber o quanto não é preciso estar presa para ser feliz e que liberdade e moral nada tem a ver com regras de família, pois felicidade real não é aparência. Por outra vemos homens que seguem por profissões que não são o seu sonho, mas se prendem a tradição da família que sempre, por gerações, esteve a frente deste ou daquele negócio.

Ser feliz é descobrir o seu caminho e, descobrindo o seu caminho sair da etapa idealizadora para lutar pela etapa concretizadora.
Não seja um dominado nem um dominador, mas tenha o DOMÍNIO da sua VIDA, isto é o que importa e é por isto que você está na Terra: para aprender a se conhecer e conhecendo-se saber-se UNO COM O CÓSMICO.

Descarregue o peso de "vou fazer para fulano não falar isto ou aquilo"; "o que a minha família vai dizer"; "não posso decepcionar a Beltrano"; se você continuar com estes pensamentos que são voltados para o olhar do outro e não para o seu próprio olhar, você será um eterno dominado e para se colocar acima poderá surgir o sentimento de ser dominador e isto não é raro de ocorrer, portanto, para que nenhuma destas duas hipóteses ocorram, liberte-se já, reavaliando seus valores e vendo até que ponto eles são realmente seus ou são influências de família, de sociedade, etc.

Lembre-se: ser livre é ser você mesmo, realizando o caminho da busca pela Comunhão real com Deus. Esta é a caridade conosco. assim farás o Bem a você mesmo e a quem mais esteja ao seu redor, pois transmitirás paz ao próximo.
Seja Feliz!


(*) - Leonardo Paixão é Orador espírita (que tem viajado por alguns Estados brasileiros, quando possível, na divulgação da Doutrina Espírita), articulista, poeta, tem críticas literárias publicadas no site orientacaoespirita.org e um artigo publicado em Reformador em Agosto de 2010, A Revelação - uma perspectiva histórica e tem escrito alguns artigos no jornal eletrônico O Rebate. Participa com um grupo de amigos de ideal do GE Semeadores da Paz em Campos dos Goytacazes, RJ, onde exerce direção de estudos e trabalhos na área mediúnica, atuando como médium psicofônico na desobsessão e como psicógrafo de mensagens esclarecedoras, poesias e cartas consoladoras.