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quarta-feira, 30 de dezembro de 2015

FÉRIAS NA CASA ESPÍRITA?

Por Leonardo Paixão (*)

Tema que sempre gera polêmica na época do fim de ano e do verão é a questão de se parar na Casa Espírita com esta ou aquela atividade. Não se há férias na Casa Espírita, pois o significado de férias é o de descanso coletivo e, em regra, isso não ocorre na Casa Espírita, há sim os irmãos e irmãs que viajam no verão e em festas de fim de ano, porém, isso não representa a Casa Espírita fechar as portas.

Trabalho é que não falta nas agremiações espiritistas seja em que época do ano for. No entanto, por ausência de trabalhadores, algumas atividades poderão não ter como se lhes dá continuidade. Assim como, por decisão da direção da Instituição, pensando o momento, certos trabalhos poderão ter um intervalo neste período. Consideramos que as palestras públicas, a permanência de uma atividade de estudo, especialmente, das Obras Básicas, é o que não se deverá parar, e outros trabalhos como os de aconselhamento para os que recorrem aos núcleos espíritas amargurados, angustiados, questionadores.

Obviamente que o ideal seria que se desse continuidade a todas as tarefas que a Casa Espírita tem por proposta, se apresenta uma questão grave, porém: no nosso atual estágio evolutivo, estamos preparados para seguirmos sem uma parada com este ou aquele trabalho que voluntariamente aderimos? Quantos irmãos e irmãs por vezes nos dizem que, ao chegar esta época do ano se sentem exaustos, esgotados, bastante estressados?! Um período de repouso em algumas atividades e realização de outras seja na Casa Espírita ou nas localidades em que se estiver será que não poderão contribuir para um refazimento de energias, claro que não esquecendo da responsabilidade na conduta.

Claro que temos exemplos de trabalhadores incansáveis como Chico Xavier e Divaldo Pereira Franco, no entanto, percebemos que, mesmo nas esferas espirituais próximas à Terra, como a Cidade Espiritual Nosso Lar, os trabalhadores necessitam de descanso. Vejamos o que nos narra André Luiz no capítulo 36 do livro "Nosso Lar": 

"Nada obstante o convite amável da genitora de Lísias para que voltasse a casa por descansar. Tobias pôs à minha disposição um apartamento de repouso, ao lado das Câmaras de Retificação, e aconselhou-me algum descanso. De fato, sentia grande necessidade do sono. Narcisa preparou-me o leito com desvelos de irmã.
Recolhido ao quarto confortável e espaçoso, orei ao Senhor da Vida agradecendo-Lhe a bênção de ter sido útil. A "proveitosa fadiga" dos que cumprem o dever não me deu ensejo a qualquer vigília desagradável" (Grifos nossos).

Percebe-se que a necessidade de repouso do corpo perispirítico ainda denso, como no caso de André Luiz, mesmo já trabalhando no auxílio aos enfermos de vária ordem se fez preciso. 

Encontramos também em "Nosso Lar" a questão das férias propriamente ditas, narra André Luiz, no capítulo 8 - Organização de Serviços -, estes esclarecimentos de Lísias:

"- Ali vive o nosso abnegado orientador. Nos trabalhos administrativos, utiliza ele a colaboração de três mil funcionários; entretanto, é ele o trabalhador mais infatigável e mais fiel que todos nós reunidos. Os Ministros costumam excursionar noutras esferas, renovando energias e valorizando conhecimentos; nós outros gozamos entretenimentos habituais, mas o Governador nunca dispõe de tempo para isso. Faz questão que descansemos, obriga-nos a férias periódicas, ao passo que, ele mesmo, quase nunca repousa, mesmo no que concerne às horas de sono. Parece-me que a glória dele é o serviço perene. Basta lembrar que estou aqui há quarenta anos e, com exceção das assembleias referentes às preces coletivas, raramente o tenho visto em festividades públicas. Seu pensamento, porém, abrange todos os círculos de serviço, sua assistência carinhosa a tudo e a todos abrange" (Grifos nossos).

Não queremos aqui justificar a parada desta ou daquela atividade na Casa Espírita com o ensinamento dos Espíritos, mas eles, compreendendo a necessidade de repouso como Lei Natural (questões 682 e 683 de O Livro dos Espíritos), não deixam de a respeitar e praticam-na.

Outra questão muito levantada neste período em relação às atividades na Casa Espírita, é a referente às reuniões mediúnicas: deve-se parar ou não?

Antes de responder a esta questão deixemos aqui palavras do Dr. Bezerra de Menezes sobre esta questão ao narrar a História de Leonel e os Judeus no livro "Dramas da Obsessão" por Yvonne Pereira:

"Em verdade ser-nos-ia dispensável aquela reunião [mediúnica]. Resolveríamos, sim, o lamentável drama espiritual, dispensando o concurso humano. Mas três fatores existiam, poderosos, que nos animavam ao feito: - ensinamento e aprendizado para os próprios homens, que urgentemente necessitam conhecer os grandes dramas da Humanidade distendidos para o Além-Túmulo; ensejo para os médiuns e cooperadores terrestres nos setores da Fraternidade, que assim se habilitariam à prática de inestimável feição de Beneficência, e mais facilidade para a conversão dos endurecidos Espíritos diante do fenômeno mediúnico-espírita, cujo aspecto impressionante é de grande importância para um desencarnado" (Grifos nossos).

Diante destes esclarecimentos do Dr. Bezerra de Menezes, ficamos a pensar que se passaram dezoito séculos sem que houvessem reuniões mediúnicas de desobsessão e, por isso, este trabalho não era realizado no Além? Pelo contrário, Dr. Bezerra deixa bem claro em sua afirmação: "Resolveríamos, sim, o lamentável drama espiritual, dispensando o concurso humano", deixando claro que os Espíritos possuem recursos, inclusive o da mediunidade no Além, conforme narrado em livros como "Memórias de um Suicida" e nas obras de André Luiz e Manoel Philomeno de Miranda, respectivamente. Portanto, mediunidade é de ensinamento e aprendizado para nós, é onde aprendemos a enxergar de perto as consequências de nossos atos bons ou ruins. 

Em se falando de reuniões mediúnicas e período de férias, preciso é se pensar naqueles companheiros (as) que se comprometeram com seus filhos a levá-los a este ou aquele local em viagem no verão; daqueles que aproveitam este período para visitar parentes distantes, muitos estando até enfermos; nos cabe aqui a compreensão para com eles e lembramos aqui do capítulo 22 - Ausência Justificada - do livro "Desobsessão", de André Luiz:

"Frequentemente, surge o caso da impossibilidade absoluta de comparecimento desse ou daquele companheiro às atividades predeterminadas.
Uma viagem rigorosamente inadiável...
Um problema caseiro de grave expressão...
Exigência profissional inopinada...
Enfermidade súbita...
Que o amigo numa situação assim não olvide o compromisso em que se acha incurso na obra de desobsessão e expeça um aviso direto, sempre que possível com antecedência mesmo de horas ou minutos, ao dirigente da reunião, justificando a ausência, para evitar indisciplinas que ocorrerão fatalmente, no campo mental do grupo, através de apreensões e considerações descabidas.
De qualquer modo, ainda mesmo com número reduzido de participantes, a reunião pode ser efetuada".

Seria ideal não se parar com tal atividade, mas, se a direção da Casa decide por parar, isto nos deixaria sem trabalho? E os estudos? as palestras públicas? Os passes? Os aconselhamentos? Tudo isso não é trabalho? Também não é mediunidade em ação pelas vias da intuição? Não seria apego aos trâmites fenomênicos àqueles que insistem em que tal atividade não pode parar? O que é essencial: a reforma moral ou a mediunidade? Reflitamos.

Seria  e é muito nobre a Casa que não para com nenhuma de suas atividades. repetimos, este o ideal, porém, que não julguemos o que isto realizam, pois, como falamos acima, há atividades que não deixam de ser realizadas.

Encerrando este artigo, deixamos aqui a mensagem Férias Espíritas, do Espírito Albino Teixeira, psicografia de Chico Xavier e que consta no livro "Caminho Espírita", lição 77. Os Espíritos atentos a este período não nos deixaram órfãos de Instrução.

FÉRIAS ESPÍRITAS

Dedicamos aos companheiros espíritas algumas sugestões para o tempo de férias.
*
Viajar, se possível, no rumo de instituição consagrada à assistência, cooperando, por alguns dias, no tratamento de irmãos em provas maiores que as nossas como sejam; os obsidiados em posição difícil ou os doentes semidesamparados.
*
Devotar-se à pregação ou a conversação doutrinária, nos lares de caridade pública, onde estejam irmãos hansenianos, tuberculosos ou portadores de moléstias que requisitem segregação.
*
Auxiliar, de algum modo, aos que jazem nos cárceres.
*
Ensinar os princípios espíritas, evangélicos, nas organizações doutrinárias mais humildes, comumente sediados na periferia de cidade ou vilas, colaborando na sementeira da Nova Revelação.
*
Executar um programa de visitas fraternas aos paralíticos, cegos, enfermos esquecidos ou agonizantes no local de residência.
*
Observar com respeito e discrição o ambiente doméstico das viúvas em abandono,
enumerando sem alarde as necessidades materiais que aí se destaquem e atendendo-as,
quanto seja possível.
*
Contribuir com algum serviço pessoal para a segurança e conforto do templo espírita que nos beneficiam, quais seja; a pintura ou renovação de paredes, a restauração de utilidades, a reparação de livros edificantes ou tarefas concernentes à ordem e à limpeza em geral. 
*
Reunir material de instrução doutrinária, tais como; jornais e impressos espíritas, distribuindo-os através de prisões e hospitais, onde permanecem irmãos desejosos de mais
amplos conhecimentos.
*
Costurar para os necessitados, principalmente no sentido de melhorar a rouparia de
orfanatos, creches e lares outros de assistência espírita-cristã.
*
Preparar o enxoval para algum pequenino, em vias de renascer nos distritos de penúria e sofrimento.
*
Criar a alegria de um enfermo, largado ao próprio infortúnio, ou de uma criança que a provação situou em constrangedoras necessidades.
*
Pense nas suas férias e não permita que a sua oportunidade de elevação venha a escapar.

Albino Teixeira 

(*) Leonardo Paixão é trabalhador espírita em Campos dos Goytacazes, RJ, colaborando com um grupo de amigos de ideal no Grupo Espírita Semeadores da Paz.

quinta-feira, 24 de dezembro de 2015

MENSAGEM DE NATAL DE IRMÃO JOSÉ




Meus irmãos.

Jesus conosco.

Neste período de Natal, cultivemos em nós as nossas preces e que elas se estendam em bênçãos por todo o nosso viver.

O Senhor nos aguarda atitudes.

A decisão cabe somente a nós.

Semeies o bem e colherás o seu fruto.

Regue o teu plantar e aguarde em Deus o seu crescimento e renovação.

Você é a plan
ta, cultive-a com Amor e o Pai te ofertará ao fim um ramalhete de rosas por vitória sobre ti mesmo, eis o essencial.

Irmão José
(Página recebida em reunião pública do Lar De Débora Debora, Campos, RJ, no dia 22/12/2015 pelo médium Leonardo Paixão).

terça-feira, 22 de dezembro de 2015

CONFRATERNIZAÇÕES DOS SEMEADORES DA PAZ EM  2015



Confraternização do Grupo Espírita Semeadores da Paz em 2015


Foto do Grupão
(Rafaela, Liliane, Mabel, Rafael, Cássia, Paula, Lauro, Valéria, Otávio, Paula Viana, Luís Amaro, Fátima, Danilo, Ana Lúcia, Leonardo Paixão, Tereza dias, Paulo, Tânia, Bruno, Mirian e Beatriz)


Dia 19/12/2015 doação de frutas e visita aos internos do Hospital Manoel Cartucho
(Mauro, Mirian, Liliane, Valéria, Leonardo Paixão, Ana Lúcia, Rosa e Beatriz ao fundo)


Alegria Cristã







Após a atividade com Jesus, a união continua em Cristo no Jardim são Benedito para um geladíssimo caldo de cana.

quarta-feira, 2 de dezembro de 2015

CONSIDERAÇÕES SOBRE EMMANUEL NO SÉCULO XXI

Na primeira sequência de nosso artigo, publicada em edição anterior deste jornal, relacionamos uma série de depoimentos de confrades amigos de Chico Xavier acerca de seu próprio testemunho, além de entrevistas do próprio Chico, sobre a reencarnação de seu benfeitor espiritual Emmanuel na face da Terra no início deste século XXI. Por oportuno, aqui registramos ainda o testemunho de Sônia Barsante, residente em Uberaba (MG) e freqüentadora do Grupo Espírita da Prece de Chico Xavier, contando-nos que num determinado dia do ano 2000, estando ela e outros companheiros reunidos com Chico, este se tinha ausentado em transe mediúnico durante alguns instantes. Ao regressar, contou-lhes alegremente que tinha ido, em desdobramento espiritual, até uma cidade do interior do Estado de São Paulo visitar um bebê, que era o espírito de Emmanuel, já reencarnado. E rematou, dizendo a todos os que estavam presentes: "Vocês ainda vão reconhecê-lo!" Chico Xavier é, sem dúvida alguma, a mais abalizada opinião a respeito deste tema e por óbvias razões sua autoridade moral torna-a inquestionável. Mas então fica no ar a pergunta: por que alguns médiuns pelo Brasil andam recebendo comunicações espirituais assinadas por Emmanuel? Três hipóteses surgem para responder a esta palpitante questão e aqui vamos analisá-las à luz da razão: 1º) a possibilidade de ser o próprio espírito de Emmanuel quem as escreve; 2º) a possibilidade de estarmos diante de um caso de fascinação espiritual ou mistificação mediúnica; e a 3º) a possibilidade de se tratar de uma falange de espíritos admiradores da obra de Emmanuel e que escreveriam em nome dele. A primeira resposta certamente nos parece ser a de mais remota possibilidade. Partindo do fato, já sobejamente demonstrado, de que o espírito de Emmanuel é hoje um menino de aproximadamente 8 anos de idade, residindo numa cidade do interior do Brasil, uma pergunta percorre as nossas reflexões: pode um menino reencarnado no mundo terrestre, por mais evoluído que seja o seu espírito e a sua bagagem moral, continuar escrevendo mediunicamente, assumindo a sua identidade anterior como o espírito de Emmanuel? Ademais, resta-nos também perguntar: já não bastaram as sete décadas de serviço mediúnico incessante que o espírito de Emmanuel desenvolveu junto ao médium Chico Xavier, coordenando-lhe a preparação dos 440 livros psicografados e editados até hoje? Com que finalidade o espírito de Emmanuel, enfrentando uma nova reencarnação na Terra, certamente missionária, ainda na condição física de uma criança, se abalançaria a escrever por intermédio de outros médiuns? Qual a utilidade desse procedimento incompreensível? Será que não existiriam outros espíritos, tão elevados quanto ele, ou tão comprometidos com a causa do Cristianismo Redivivo quanto ele, que poderiam fazê-lo? Na obra de Allan Kardec encontramos a possibilidade da comunicação inter-vivos, onde um espírito encarnado no mundo, em determinadas condições especiais, em estado de sono de seu corpo físico, pode, de fato, desdobrar-se e escrever por intermédio de outra pessoa encarnada. Embora esta possibilidade seja factível, não nos é difícil compreender que se trata de uma exceção, cercada de dificuldades inúmeras que somente podem ser vencidas tendo-se em vista uma ocasião especialíssima ou um motivo urgente. Certamente não faz parte do rol da mediunidade corriqueira com a qual nos defrontamos em nossas casas espíritas. Afastada pela razão a primeira das três possíveis respostas à questão, passaremos à análise da segunda possibilidade, que, conforme os estudos do Codificador da Doutrina Espírita nos advertem, pode ser bem mais provável de acontecer. A comprovação da identidade espiritual é um dos principais problemas abordados por Allan Kardec, tanto na Introdução ao Estudo da Doutrina Espírita em O Livro dos Espíritos, quanto em diversos capítulos de O Livro dos Médiuns e da Revista Espírita. Do primeiro destacamos algumas frases do Codificador a respeito: “Na ausência dos fatos, a dúvida é a opinião do homem prudente.” “Obtido o fato, resta constatar um ponto essencial: o papel do médium nas respostas e a parte que nelas pode contar, mecânica e moralmente.” “Os fenômenos espíritas repousam na ação de inteligências que têm vontade própria e que nos provam a todo instante não se acharem subordinadas ao nosso capricho.” “Tal diversidade de linguagem não se pode explicar senão pela diversidade das inteligências que se manifestam.” “Os espíritos pertencem a diferentes classes, não são iguais nem em poder, nem em inteligência, nem em saber, nem em moralidade.” “Cabe ao nosso julgamento discernir as boas das más inspirações.” “Dissemos que os espíritos superiores só comparecem às reuniões sérias, sobretudo àquelas em que reina perfeita comunhão de pensamentos e de sentimentos para o bem. A leviandade e as questões ociosas os afastam.” “(...) os próprios espíritos nos ensinam que não são iguais em conhecimento, nem em qualidades morais, e que não se deve tomar ao pé da letra tudo quanto dizem. Cabe às pessoas sensatas separar o bom do mau.” “(...) achando certo prazer em lhe satisfazer a curiosidade, os maus espíritos disso se aproveitam para se insinuar entre elas, enquanto os bons se afastam.” “O ponto essencial, já o dissemos, é saber a quem nos dirigimos.” “Um fato demonstrado pela observação e confirmado pelos próprios espíritos é o de que os espíritos inferiores muitas vezes se apresentam com nomes conhecidos e respeitados.” “Quanto aos espíritos que se apropriam de nomes respeitáveis, logo se traem por sua linguagem e por suas máximas.” “(...) os espíritos inferiores (...) muitas vezes tomam nomes venerados, a fim de melhor induzirem ao erro.” “O estudo da Doutrina Espírita pode ser realizado com proveito por homens sérios, perseverantes, isentos de prevenções e animados de firme e sincera vontade de chegar a um resultado; que imprimem a seus estudos a continuidade, a regularidade e o recolhimento necessários.” “O que caracteriza um estudo sério é a continuidade que se lhe dá.” “(...) estes estudos requerem atenção demorada, observação profunda e, sobretudo, como o exigem todas as ciências humanas, continuidade e perseverança.” “Esta falta de unidade nas manifestações obtidas pelo médium prova a diversidade das fontes. Se, pois, não podemos encontrá-las todas no médium, é preciso que as procuremos fora dele.” “Ora, o primeiro indício da falta de bom senso é a crença de alguém na própria infalibilidade.” Continua o Codificador abordando o palpitante tema em grande parte da magnífica obra O Livro dos Médiuns, da qual destacaremos apenas alguns trechos a seguir, elencados por nosso amigo Flávio Mussa Tavares, filho do saudoso Clóvis Tavares: “Entre as Dissertações espíritas no último capítulo de O Livro dos Médiuns, temos alguns exemplos oferecidos pelo Codificador de comunicações consideradas por ele como apócrifas. 'Apócrifo é algo escrito sobre o qual não se tem certeza exata da autoria ou cuja autenticidade não pode ser comprovada ou universalmente aceita.'” “Há, muitas vezes, comunicações de tal maneira absurdas, embora assinadas por nomes os mais respeitáveis, que o mais vulgar bom senso demonstra a sua falsidade. Mas há aquelas em que o erro é disfarçado pela mistura com princípios certos, iludindo e impedindo, às vezes, que se faça a distinção à primeira vista. Mas elas não resistem a um exame sério.” “Com efeito, a facilidade com quem certas pessoas aceitam tudo o que vem do mundo invisível sob a cobertura de um grande nome é o que encoraja os espíritos mistificadores. Devemos aplicar toda a nossa atenção em desfazer as tramas desses espíritos, mas só o podemos fazer com a ajuda da experiência, adquirida por meio de um estudo sério. Por isso repetimos sem cessar: estudai antes de praticar, pois é esse o único meio de não terdes de adquirir a experiência à vossa própria custa.” Na Revista Espírita (1859), analisando um caso de fascinação de um espírito mistificador sobre determinado médium, assim escreveu o Sr. Allan Kardec: “Daí concluo que sois joguete de um espírito mistificador, que abusa da vossa boa-fé. Exorto-vos seriamente a prestar muita atenção a isso, porque, se não vos acautelardes, podereis ser vítima de um golpe lamentável de sua parte.” “(...) seria realmente curioso ver as torpezas debitadas à conta desses nomes venerados. É preciso ser cego para se deixar enganar quanto à sua origem, quando, muitas vezes, uma única palavra equívoca, um só pensamento contraditório é suficiente para fazer descobrir o embuste a quem se der ao trabalho de refletir.”
O Professor Herculano Pires, estudando o tema, assim se expressa com propriedade: “Um pouco mais de estudo de O Livro dos Médiuns, como vemos, teria evitado que tantas mistificações evidentes, destinadas a ridicularizar o Espiritismo aos olhos das pessoas sensatas, tivessem sido e continuem a ser aceitas com a maior leviandade entre nós.” Meditando em torno dessas observações escritas pelo eminente Codificador da Doutrina Espírita e pelo lúcido Professor Herculano Pires, podemos sim considerar a real possibilidade de que as comunicações atribuídas ao espírito de Emmanuel, vindas por intermédio de alguns médiuns de Belo Horizonte e Niterói, não passam pelo crivo da razão, não atestando sua autenticidade pela indubitável certeza de que sejam do mesmo espírito que guiou por várias décadas as atividades mediúnicas do venerável médium Chico Xavier. Podemos sim considerá-las como sendo comunicações apócrifas, uma vez que, segundo Kardec: “Apócrifo é algo escrito sobre o qual não se tem certeza exata da autoria ou cuja autenticidade não pode ser comprovada ou universalmente aceita.” A grande maioria das pessoas que conviveu com Chico Xavier em Uberaba, São Paulo, Rio de Janeiro, Petrópolis, Goiânia, Belo Horizonte, Pedro Leopoldo e cidades do Triângulo Mineiro aceitam perfeitamente a afirmativa do amado Chico sobre a volta à vida física do estimado benfeitor Emmanuel em princípios do século XXI. Também não reconhecem nas mensagens recentemente veiculadas na imprensa espírita e atribuídas ao espírito de Emmanuel a mesma linguagem inconfundível, a síntese perfeita no texto do venerável benfeitor. Estranha-se também o proselitismo de tais médiuns, propagando inverdades ao afirmarem que suas obras e mensagens receberam o aval de Chico Xavier. Ninguém em Pedro Leopoldo, Uberaba, ou São Paulo, dos círculos mais íntimos de amizade e família do amado Chico Xavier jamais presenciou tal coisa. Um deles chega a publicar em suas palestras pelo mundo que “a presença de Emmanuel em sua vida foi confirmada por Chico, que o orientou sobre sua conduta na relação com o emérito benfeitor". A falsidade desta afirmativa por si só acende um farol vermelho de alerta sobre os reais objetivos a que se propõe. Por que lançam mão de subterfúgios em falsas alegações? A quem pretendem convencer? Enganan-se a si mesmos! Esse tipo de atitude apenas reforça para nós a real possibilidade da segunda resposta à questão proposta - a de estarmos diante de um caso de fascinação espiritual e mistificação mediúnica. Penso que haverá falanges inúmeras de espíritos sábios e amorosos que estimariam desenvolver na Terra uma tarefa de consolação e esclarecimento. Certamente estarão à procura de médiuns que se lhes sintonizem com humildade e senso de responsabilidade ao dever de servir. A conjugação mediúnica é tarefa de décadas de preparo e associação mútua, para a qual certamente concorre a necessária afinidade na sintonia dos seus propósitos elevados. A sintonia mediúnica não se improvisa. Neste particular será preferível prestar mais atenção aos espíritos que evitam assinar nomes já consagrados ou venerados. Certamente teremos muito maior proveito em estudar mensagens de entidades espirituais que simplesmente assinam “Um amigo espiritual”, “Um condoreiro”, “Irmã Joaquina”. Que cada candidato à mediunidade com Jesus e Kardec se digne a colaborar nas tarefas do Consolador com humildade e perseverança, realizando a própria trajetória de serviços com dedicação e sacrifícios. Neste particular é, no mínimo, estranho médiuns que se escoram no trabalho alheio para se projetar no movimento espírita. A obra de Chico Xavier | Emmanuel é uma obra inviolável, que não pode e nem deve ser conspurcada por interesses menores. O movimento espírita brasileiro deveria, antes de mais nada, defendê-la em sua integridade e originalidade! A análise da terceira possibilidade à questão proposta será apresentada numa terceira etapa deste artigo. Até lá!

Geraldo Lemos Neto | Sal da Terra | Sociedade Espírita Bezerra de Menezes | Lagoa Santa, MG | Junho-Julho 2008 | p. 4-6.


PALAVRAS DE CHICO XAVIER SOBRE A REENCARNAÇÃO DE EMMANUEL NO SÉCULO XXI
Conforme atestam várias pessoas que conviviam na intimidade com o médium Francisco Cândido Xavier, por afirmativas dele mesmo, o espírito do benfeitor Emmanuel já está entre nós, na face da Terra, pela via da reencarnação.
À Sra. Suzana Maia Mousinho, presidente e fundadora do Lar Espírita André Luiz (LEAL), de Petrópolis | RJ, amiga do médium desde 8 de novembro de 1957, Francisco Cândido Xavier confidenciou detalhes sobre a reencarnação de Emmanuel, que voltaria à Terra no interior do Estado de São Paulo,  — como neto — , no seio da família constituída pelo casal Sra. Laura e Sr. Ricardo, personagens do livro Nosso lar, de André Luiz. Tempos depois, novamente o estimado médium Chico Xavier tornou a tocar no assunto em pauta com a Sra. Suzana, afirmando ter presenciado o retorno à vida física de seu benfeitor no ano de 2000, vendo, então, confirmadas as previsões espirituais a respeito.
“Ele (Emmanuel) afirma que, indiscutivelmente, voltará à reencarnação, mas não diz exatamente o momento preciso em que isso se verificará. Entretanto, pelas palavras dele, admitimos que ele estará regressando ao nosso meio de espíritos encarnados no fim do presente século (XX), provavelmente na última década”. (Entrevistas, IDE, 1971.)
 “Isso tem sido objeto de conversações entre ele (Emmanuel) e nós. Ele costuma dizer que nos espera no Além, para, em seguida, retornar à vida física”. (A Terra e o Semeador, IDE, 1975.)
“Ele diz que virá novamente, dentro de pouco tempo, para trabalhar como professor.” (Lições de Sabedoria, Folha Espírita, 1997. p. 171.)
“Geraldinho, o nosso compromisso, meu e de Emmanuel, com o Espiritismo na face da Terra tem a duração de três séculos, e só terminará no final do século XXI.” (Em conversa com Geraldo Lemos Neto, em 1989.)
“Vocês ainda vão reconhecê-lo!” (A Sônia Barsante, Uberaba, MG, frequentadora do Grupo Espírita da Prece, em 2000. Estando ela e outros companheiros reunidos com Chico, este se tinha ausentado em transe mediúnico durante alguns instantes. Ao regressar, contou-lhes alegremente que tinha ido, em desdobramento espiritual, até uma cidade do interior do Estado de São Paulo visitar um bebê, que era o espírito de Emmanuel, já reencarnado.)
Divaldinho Mattos, da cidade de Votuporanga, São Paulo, amigo íntimo de Chico Xavier e dirigente da Didier Editora, ao ler os artigos anteriores publicados pela imprensa espírita testemunhou, em contato telefônico com o Vinha de Luz, a respeito do tema. Divaldinho Mattos relatou que, em conversa presenciada por inúmeras pessoas do Brasil inteiro, num almoço na casa de Chico Xavier, em Uberaba, nos idos do ano 2000, Chico afirmara para todos que o espírito de Emmanuel já havia retornado ao mundo físico pela via da reencarnação.
Outro depoimento público sobre a manifestação de Chico Xavier acerca da reencarnação de seu benfeitor Emmanuel está veiculado no DVD duplo Chico Xavier Inédito — De Pedro Leopoldo a Uberaba, organizado por Oceano Vieira de Melo e lançado em 2008 pela Versátil Home Video. No segundo DVD, no filme que reúne diversos testemunhos, de 2007, o confrade Dr. Elias Barbosa, de Uberaba, diz textualmente: “Eu me lembro dele (Chico) falar uma vez, e para todo mundo, não foi só para mim não, que quando ele desencarnasse o Emmanuel iria reencarnar. Isto é o que ele (Chico) falou: ‘Nosso Emmanuel, gente, ele vai voltar! Está só esperando eu partir...’”
Em novo testemunho, bastante esclarecedor, Sra. Suzana Maia Mousinho e sua nora, Sra. Maria Idê Cassaño Mousinho, contam que, em outubro de 1996, o próprio Chico Xavier revelara a elas que a filha de Maria Idê estava grávida e que as duas em breve seriam bisavó e avó, respectivamente. Segundo Chico Xavier lhes revelou, o espírito de Emmanuel havia se empenhado pessoalmente, junto com o benfeitor espiritual do LEAL, Wilton Ramos Oliva, na seleção dos caracteres genéticos da futura criança, Carlos Augusto, garantindo-lhe sucesso na reencarnação. Esse ato do espírito de Emmanuel, segundo Chico Xavier lhes explicou, foi o último ato dele na crosta terrestre, uma vez que o benfeitor, a partir de então, em finais de 1996, ascendera aos planos mais altos da vida espiritual para se preparar para a sua própria reencarnação, por um prazo aproximado de dois anos, a fim de estar de volta à vida física no início do século XXI.

Divaldo Pereira Franco -´Orador e Médium Espírita fala sobre reencarnação de Emmanuel: https://youtu.be/-S1gKX91CL8

Divaldo Franco fala sobre a reencarnação de Joanna de Angelis, de Emmanuel e outros temas
youtube.com

terça-feira, 24 de novembro de 2015

PAUTA DA VIDA


Estagiamos na atual experiência reencarnatória para o aferimento de valores que venham a nos modificar íntimas estruturas.

Temos à nossa volta os desafios comuns à vida na carne.

Nunca será demais relembrar do amparo do Senhor a todos nós.

Ninguém há que esteja às mãos do desamparo na experiência do viver!

Assim como o reino animal é protegido dentro da dimensão que lhe é própria, as mãos divinas do Criador não nos deixam à deriva no barco da Vida.

O barco chamado Terra, balança, em meio à tempestade atual, refletindo a mudança que se fará dentro em breve.

Oremos para que o choque não se faça maior e exemplifiquemos moralidade e cristandade interior, pois sem isto, o nosso barco particular soçobrará.

Missionários no campo da Transição Planetária atuam sob as diretrizes do Cristo de Deus na gerência dos processos terrestres, especialmente nos gabinetes dos chefes das nações.

E no Plano Físico, contam eles com todos vós que ainda estais encarcerados no corpo carnal.

Vigilância e Oração nunca foram palavras tão apregoadas e tão necessárias nestes momentos de densas nuvens no Orbe.

Cultivemos o Evangelho por dentro de nós, eis o essencial.

ANDRÉ LUIZ
(Mensagem psicografada em reunião pública do Grupo Espírita Semeadores da Paz, Campos, RJ, no dia 07/11/2015 pelo médium Leonardo Paixão).

segunda-feira, 16 de novembro de 2015

OBSESSÃO NOS GRUPOS ESPÍRITAS


Publicado em:




     Por Leonardo Paixão (*)

A obsessão é um tema sempre colocado em nossos agrupamentos espíritas, no entanto, vê-se ainda, infelizmente, um desconhecimento da parte dos próprios adeptos sobre esta questão. O capítulo 23 da segunda Parte de O Livro dos Médiuns e o capítulo XIV de A Gênese, a partir do item 45, nos trazem estudos que nos dão o conceito do que é obsessão, obsidiado e o reconhecimento de seus processos de instalação e o como agir para erradicá-lo. Além destes livros citados há outros, claro, de Allan Kardec e obras complementares como a coleção André Luiz e Manoel Philomeno de Miranda e obras de dona Yvonne Pereira, devotada médium que muito se dedicou aos obsessores e obsidiados, entre estas obras indicamos: Dramas da Obsessão, do espírito Bezerra de Menezes; Devassando o Invisível, inspirada por Charles, Bezerra de Menezes, Léon Denis, Inácio Bittencourt e Leão Tolstoi; recordações da Mediunidade, orientada por Bezerra de Menezes; a trilogia Nas Voragens do Pecado, O Cavaleiro de Numiers e O Drama da Bretanha, do Espírito Charles; Amor e Ódio, do Espírito Charles; Sublimação, dos espíritos Charles e Leão Tolstoi e várias obras que contém artigos de refinado valor doutrinário.

Adeptos há que se chocam ante posturas de outros adeptos que são incoerentes para com o Evangelho e a Doutrina Espírita e que se dão nos Grupos os mais diversos espalhados por nosso Brasil, esquecendo-se desta advertência de Allan Kardec em O Evangelho segundo o Espiritismo: “(...) Tampouco garantia alguma suficiente haverá na conformidade que apresente o que se possa obter por diversos médiuns, num mesmo centro, porque podem todos estar sob a mesma influência” (Introdução, item II). Todo um Grupo Espírita pode estar sob o império de uma obsessão e, para os que se dedicam aos estudos e atuam com coerência doutrinária, não é difícil perceber tal fato.

Os Espíritos têm alertado muito em suas obras sobre este processo, vejamos o que nos diz o espírito Manoel Philomeno de Miranda na obra Transição Planetária:

“... E os discípulos do Consolador, como se vêm comportando? Não existem já as diferenças gritantes em separatismos lamentáveis, através de correntes que se fazem adeptas de X, Y ou Z, em detrimento da Codificação Kardequiana na qual todos haurimos o conhecimento libertador?! Não surgem, diariamente, médiuns equivocados, agressivos, presunçosos, vingativos, perseguidores, insensatos, pretendendo a supremacia, em total olvido das lições do excelente Médium de Deus?!
Por outro lado, surgem tentativas extravagantes para atualizar o pensamento espírita com a balbúrdia em lugar da alegria, com os espetáculos ridículos das condutas sociais reprocháveis, com falsos holismos em que se misturam diferentes conceitos, a fim de agradar às diversas denominações religiosas, com a introdução de festas e atividades lucrativas, nas quais não faltam as bebidas alcoólicas, como os bailes estimulantes à sensualidade, com os festejos carnavalescos, a fim de atraírem-se mais adeptos e especialmente jovens, em vez de os educar e orientar, aceitando-lhes as imposições da transitória mocidade. Denominam-se os devotados trabalhadores fieis à Codificação, em tons chistosos e de ridículo, como os ortodoxos, e, dizem-se modernistas, como se os Espíritos igualmente se dividissem em severos e gozadores, austeros e brincalhões na utilização da mensagem libertadora do Evangelho de Jesus à luz da revelação espírita...” (capítulo 17 – Ampliando o Campo de Trabalho).

No capítulo 19 – Preparação para o Armagedom Espiritual, da mesma obra citada, diz Manoel Philomeno de Miranda:

“Com certeza, embora as armadilhas perversas e as perseguições inclementes, ninguém, que se encontre desamparado, a mercê do mal, exceto quando se permite espontaneamente a vinculação com essas forças ignóbeis...
Deter-nos-emos especialmente na área do movimento espírita comprometido com Jesus e sua doutrina, alvo primordial de determinados grupos da grei autodenominada como o Mal.
Acercando-se dos médiuns invigilantes, vêm inspirando-os a comportamentos incompatíveis com as recomendações do Mestre Jesus e dos Espíritos Superiores através da Codificação Kardequiana, estimulando-os a espetáculos em que a mediunidade fica ridicularizada, como se fosse um adorno para exaltar seu possuidor. Concomitantemente, fomentando paixões servis nos trabalhadores afeiçoados ao socorro espiritual nas reuniões mediúnicas, fazendo-os crer que estão reencontrando seres queridos de outras existências, que agora lhes perturbam os lares e facilitam convivências adulterinas em flagrante desrespeito aos códigos morais e aos do dever da família... Fascinação, subjugação que se iniciam discretamente e roubam o discernimento de muitos, constituem o jogo das Entidades insanas, aproveitando-se das debilidades ainda persistentes em a natureza humana...
Além dessas ações nefastas, trabalham pela desunião de companheiros de lide espiritual, pela maledicência e calúnias bem divulgadas, como se estivessem trabalhando para senhores diferentes e não para Aquele que deu a vida em demonstração insuperável de amor e de compaixão por todos nós.
Em determinadas situações, desencadeiam enfermidades de diagnose difícil, ocultando a sua interferência nos organismos debilitados e carentes de energias, levando ao fosso do desânimo pessoas afeiçoadas ao dever e comprometidas com a fraternidade legítima.
Na área da caridade, movimentam os discutidores que perdem o tempo entre os conceitos de paternalismo e de promoção social, olvidados do socorro que normalmente chega tarde, quando se aplicam as horas em ociosidade mental e divagação intelectual”.

Não é de agora, porém, a investida das Trevas no Movimento Consolador, eis o que já nos colocava Yvonne Pereira:

 “A obsessão merece dos verdadeiros espíritas as mais acuradas atenções. Ela já se infiltra até mesmo “no seio dos santuários”, isto é, nos templos espíritas pouco vigilantes, promovendo ciúmes entre seus componentes, vaidades, dissensões, mal-entendidos, “reformas doutrinárias“ e demais operosidades que contrariam os postulados da Doutrina, haja vista o que, no momento se passa, quando detectamos agrupamentos espíritas, dantes vistos e reconhecidos como templos, a exercerem o perfeito intercâmbio espiritual, hoje reduzidos a meros clubes onde verificamos de tudo: abusivas e inaceitáveis compras e vendas de “lanches’ e merendas, festas e cânticos, burocracia intransigente, diversões, recreios, mas não a “casa do Senhor”, de onde os Protetores Espirituais se retiram, e onde não mais contemplamos aquelas autênticas atividades próprias do Consolador, que eram o testemunho da presença do Cristo entre nós.
E não se falando da “mania”, ora em exercício, de “modificar”, “renovar” e “atualizar” a Doutrina dos Espíritos, que, pelo visto, deixou de agradar àqueles que acima dela desejam colocar a própria personalidade.
Afirmam os adeptos de tais movimentações que o espiritismo “evoluiu”, e que tudo isso não é senão o “progresso” da Doutrina. Mas tal asserção é insana, pois que a lógica e o bom senso indicam que a evolução do Espiritismo seria, em parte, a vinda de outras revelações do Alto, a comunhão perfeita do consolador com os homens, a pesquisa legítima e séria, e não a deturpação que vemos nos ambientes que devem ser consagrados ao intercâmbio com o Alto, onde consolamos os mais infelizes do que nós, e onde somos consolados e instruídos por aqueles seres angelicais que nos amam e que, há milênios, talvez, se esforçam por nos verem redimidos de tantos erros.
Certamente que muitos núcleos espíritas se conservam afinados com as forças do Alto, movimentando-se normalmente, sem as intromissões indevidas, que só podem desfigurar os ensinamentos que temos todos tido a honra de receber dos códigos doutrinários” (Cânticos do Coração, volume II, 1ª edição: CELD, 1994 no capítulo VI – O Flagelo do Século, p. 66).


O que fazer para que a obsessão coletiva não grasse em nosso Grupos de trabalhos cristãos? No livro “Dramas da Obsessão”, Bezerra de Menezes (Espírito)/ Yvonne Pereira – médium – Capítulo 3 de Leonel e os Judeus, orienta:

“As vibrações disseminadas pelos ambientes de um Centro Espírita, pelos cuidados dos seus tutelares invisíveis; os fluidos úteis, necessários aos variados quão delicados trabalhos que ali se devem processar, desde a cura de enfermos até a conversão de entidades desencarnadas sofredoras e até mesmo a oratória inspirada pelos instrutores espirituais, são elementos essenciais, mesmo indispensáveis a certa série de exposições movidas pelos obreiros da Imortalidade a serviço da Terceira Revelação. Essas vibrações, esses fluidos especializados, muito sutis e sensíveis, hão-de conservar-se imaculados, portando, intactas, as virtudes que lhe são naturais e indispensáveis ao desenrolar dos trabalhos, porque, assim não sendo, se mesclarão de impurezas prejudiciais aos mesmos trabalhos, por anularem as suas profundas possibilidades. Daí porque a Espiritualidade esclarecida recomenda, aos adeptos da Grande Doutrina, o máximo respeito nas assembleias espíritas, onde jamais deverão penetrar a frivolidade e a inconsequência, a maledicência e a intriga, o mercantilismo e o mundanismo, o ruído e as atitudes menos graves, visto que estas são manifestações inferiores do caráter e da inconsequência humana, cujo magnetismo, para tais assembleias e, portanto, para a agremiação que tais coisas permite, atrairá bandos de entidades hostis e malfeitoras do invisível, que virão a influir nos trabalhos posteriores, a tal ponto que poderão adulterá-los ou impossibilitá-los, uma vez que tais ambientes se tornarão incompatíveis com a Espiritualidade iluminada e benfazeja. (grifo nosso).
Um Centro Espírita onde as vibrações dos seus frequentadores, encarnados ou desencarnados, irradiem de mentes respeitosas, de corações fervorosos, de aspirações elevadas; onde a palavra emitida jamais se desloque para futilidades e depreciações; onde, em vez do gargalhar divertido, se pratique a prece; em vez do estrépito de aclamações e louvores indébitos se emitam forças telepáticas à procura de inspirações felizes; e ainda onde, em vez de cerimônias ou passatempos mundanos, cogite o adepto da comunhão mental com os seus mortos amados ou os seus guias espirituais, um Centro assim, fiel observador dos dispositivos recomendados de início pelos organizadores da filosofia espírita, será detentor da confiança da Espiritualidade esclarecida, a qual o elevará à dependência de organizações modelares do Espaço, realizando-se então, em seus recintos, sublimes empreendimentos, que honrarão os seus dirigentes dos dois planos da Vida (grifo nosso). Somente esses, portanto, serão registrados no Além-Túmulo como casas beneficentes, ou templos do Amor e da Fraternidade, abalizados para as melindrosas experiências espíritas, porque os demais, ou seja, aqueles que se desviam para normas ou práticas extravagantes ou inapropriadas serão, no Espaço, considerados meros clubes onde se aglomeram aprendizes do Espiritismo em horas de lazer”.

Oração, vigilância nos pensamentos, palavras, atitudes, sinceridade e lealdade de sentimentos para com os companheiros de Causa, eis o que devemos estar a realizar cotidianamente para nossa própria defesa.



(*) Trabalhador espírita em Campos dos Goytacazes, RJ, colaborando com amigos de ideal no Grupo Espírita Semeadores da Paz.

segunda-feira, 2 de novembro de 2015

CONSIDERAÇÕES SOBRE A MEDIUNIDADE


Por Yvonne Pereira

Do Livro “Cânticos do Coração”, volume II, de Yvonne do Amaral Pereira/Rido de Janeiro: CELD, 1994. Cap. IX – Considerações sobre a Mediunidade.

O Sr. G. S. V., estudioso dos assuntos espíritas, mandou-nos as seguintes perguntas:
         
1 – Como ajudar o desenvolvimento prático da mediunidade?

2 – Qual o método de desenvolvimento a médiuns comuns, sem forçá-los ou condicioná-los às manifestações?

3 – Como devemos dirigir esta parte?

4 – Qual a forma segura, sem forçar, que os predisponha a um desenvolvimento natural, tranquilo?

         1 – O melhor meio de desenvolver a mediunidade é não se preocupar com o seu desenvolvimento, mas preparar-se moral e mentalmente para poder assumir o compromisso de se tornar médium desenvolvido. Tal preparo, no entanto, não poderá ser rápido, e , muitas vezes, a faculdade se apresenta e se define durante o seu decurso. É o método mais seguro, natural, portanto. Se a mediunidade não se apresentar assim, espontaneamente, naturalmente, é sinal de que ainda não está bastante amadurecida para explodir.
         Pode-se, entretanto, experimentar, sentando-se o médium à mesa dos trabalhos, e deixando-o à vontade. O diretor da mesa, por sua vez, não deve insistir, pressionando ou constrangendo o pretendente a que dê passividade, porquanto esse método excita a mente do médium, que acaba dando passividade a si próprio, com o que teremos a sugestão, e não a comunicação mediúnica autêntica.
         Kardec aconselha essa experiência até seis meses, e a observação tem provado que, se há, realmente, alguma faculdade para desenvolver, em muito menos tempo o caso será resolvido, principalmente se o médium estiver preparado através do estudo e da prática do bem.
         Se o pretendente nada sentir nesse período deve, a rigor, retirar-se da mesa. O contrário será forçar o dom, com a superveniência de animismo, de autossugestão ou da sugestão do próprio dirigente dos trabalhos sobre a mente do paciente. Verifica-se daí uma espécie de hipnose que poderá até mesmo prejudicar para sempre a mediunidade, quando ela realmente se apresentar. E é o que mais existe hoje em dia nos centros espíritas onde Allan Kardec é substituído por ideias pessoais e modismos de outras escolas espíritas, muito infiltrados na escola Kardequiana.
         A mediunidade é faculdade transcendente, sublime, que não pode suportar métodos inadequados à sua natureza por assim dizer celeste.

         2 – As sessões práticas de desenvolvimento não são aconselháveis. A observação tem demonstrado que elas são, em grande maioria, fábricas de animismo e obsessão, de sugestão e descontrole nervoso, justamente porque obrigam os participantes a um esforço penoso ao desenvolvimento. Daí a escassez de médiuns seguros da sua faculdade.
         Médiuns há que ficam um, dois, cinco, dez anos desenvolvendo as próprias faculdades sem nada conseguirem de autêntico e útil, perdendo, assim, um tempo precioso, que poderia ser empregado em outro setor. Mas, o certo é que, se em alguns poucos meses eles não tiverem faculdades desenvolvidas, não convém que insistam, ou porque não possuam a faculdade, ou porque não esteja ela na época de eclosão, ou porque foi prejudicada por fatores que convém sejam observados e estudados... Ao demais, o desenvolvimento completo de uma faculdade mediúnica leva tempo a se completar, e requer paciência e dedicação, muito amor e muito estudo, renovação moral e mental progressivas e, às vezes, muitas lágrimas e sofrimentos.
         É bom não esquecer que a finalidade da mediunidade é o intercâmbio entre o ser humano e as entidades espirituais, dependendo, portanto, de nós mesmos a sua glória ou o seu fracasso. O desenvolvimento espontâneo, pois, é um dos segredos da boa mediunidade.
         Há pessoas que parecem demonstrar sintomas de faculdade a desenvolver, mas são excessivamente nervosas, impressionáveis. Se experimentam, nada conseguem de plausível. A essas será prudente, antes de qualquer experiência, um adequado tratamento médico, assim como passes feitos duas vezes por semana, pelo menos, com uma assistência de dois a três médiuns passistas, leituras evangélicas, frequência às reuniões de estudo e meditação, mas não a presença em sessões práticas.
         Na maioria dos casos, essas pessoas são mais doentes psíquicas, necessitados de um tratamento físico-psíquico, do que verdadeiros médiuns a desenvolver, pois uma das condições para a mediunidade é a boa saúde do médium. São pessoas traumatizadas, cuja mente invigilante ou doente forja o que apresenta, tira de si mesma as comunicações que dá, e podem ser até histéricas. Quando se restabelecerem, poderão experimentar, mas é provável que jamais sejam aparelhos mediúnicos fieis. Durante o tratamento, a fim de não perderem tempo poderão ser aproveitadas em trabalhos de caridade ao próximo aliados ao Evangelho, quaisquer que sejam, e até no auxílio aos passes (concentração junto ao passista), conforme o grau da responsabilidade já adquirida, pois tudo isso é responsabilidade, é compromisso com a lei de Deus.
         A seara é grande, e há serviço para todos. A mediunidade é amor, é sacrifício, é renúncia, é humildade, é cruz pesada, e não apenas no seu setor que podemos servir a Deus e ao próximo.

         3 – O meio mais prudente para dirigir esta parte é o seguinte, prática esta estabelecida nos núcleos espíritas mais esclarecidos e criteriosos:

 a) Sessões teóricas para os candidatos ao desenvolvimento. Estudo indispensável de “O Livro dos Médiuns”, de Allan Kardec, e de outras obras que auxiliem o esforço para a sintonização das próprias vibrações com as forças do Alto.
 b) Se os candidatos forem portadores de boa moral, boa saúde e desejo de servir a Deus e ao próximo, se já frequentam sessões de estudo, aproveitando das instruções recebidas, do critério da Doutrina e da responsabilidade assumida, poderão aplicar passes, no próprio centro ou fora dele, acompanhados de irmãos mais experimentados, ao iniciarem o mister. Esse é o trabalho da fé e da coragem, desburocratizado, e nada devemos temer, pois estaremos assistidos ocultamente pelos mensageiros do Cristo.
         Será erro, porém, supor que, para aplicar passes necessitamos receber Espíritos e sermos médiuns desenvolvidos. Esse método é falso, infiltrações infelizes de outras correntes de ideias na lúcida Doutrina dos Espíritos, codificada por Allan Kardec.
         Aplicando passes criteriosamente, no sublime trabalho da Caridade, com fervor, responsabilidade e amor, o pretendente será, por certo, assistido pelos mensageiros do bem e, se possuir outras faculdades desenvolvê-las-á suavemente, naturalmente, seguramente, em faixas espirituais protetoras e iluminadas, sem necessidade de passar por aqueles terríveis períodos obsessivos provocados pelas sessões de desenvolvimento, forçando a explosão da faculdade que pode não existir. Esses são os casos normais.
 c) Além dos trabalhos de passes, o candidato poderá assistir a reuniões práticas ditas “de caridade” (não para desobsessões), fora da mesa, numa “segunda corrente”. Que o presidente não se incomode com ele. O dia em que ele, médium, sentir qualquer anormalidade, sente-se à mesa e, com certeza, o caso estará resolvido.
         Deverá também estudar a Doutrina Espírita e o Evangelho, diariamente, evitando, porém, o fanatismo pelas obras mediúnicas e meditando criteriosamente sobre as clássicas, observando a pesquisa moderna; orar, suplicar, oferecer seu trabalho a Jesus, aprendendo com ele a ser bom e humilde de coração e a renunciar, embora o preparo para as renúncias necessárias à boa marcha dos trabalhos seja lento, progressivo; e fazer caridade, também, sem fanatismo, antes equilibrada e útil. É uma renovação moral que se impõe para se conseguir a boa mediunidade.
         O médium, outrossim, não deve nem pode pensar nos próprios deveres ao se sentar à mesa, mas a cada hora que viver, pois é uma antena sempre desperta, que receberá tudo, e que poderá prejudicar-se e ao seu trabalho mediúnico por muitas formas diferentes, se se descurar das próprias responsabilidades.
         Para os casos de obsessão ou atuações fortes em médiuns não desenvolvidos não convirá desenvolvê-los nessa ocasião. Nesse estado anormal, o médium torna-se um enfermo que necessita tratamento antes de mais nada. O mais prudente será passar a entidade para outro médium, conversar com ela a fim de esclarecê-la, e tratar cautelosamente do médium, inclusive esclarecendo-o também.
         Doutrinar a entidade servindo-se do médium assim atormentado é prejudica-lo ainda mais, pois ele poderá não possuir o critério necessário a tal empreendimento, nem aguentar a responsabilidade do compromisso; desenvolver sua faculdade nessa ocasião é abrir-lhe a possibilidade para novas obsessões. O trabalho da caridade, qualquer que seja, será recurso salvador.

         4 – A psicografia é muito subdividida. Há médiuns psicógrafos de vários tipos (Ver “O Livro dos Médiuns”, cap. XVI, item 193). Não se pode, portanto, pedir ao psicógrafo aquilo que ele não poderá dar, pois, às vezes, nosso pedido poderá não corresponder à sua especialidade, e novamente advir a intromissão do chamado animismo.
         Frequentemente, entre médiuns escreventes, poderá haver o impulso vibratório do braço, mas ele, o médium, não tem o que escrever porque não possui faculdade literária. Nesse caso, Kardec aconselha a fazer perguntas ao seu Guia Espiritual, sempre respeitosas e doutrinárias, de forma, porém, a provocar respostas amplas, e em nome de Deus Todo-Poderoso.
         Se o médium não possui dons literários será em vão tentar, pois somente obterá produções medíocres. A literatura autêntica na psicografia é dom especial, que não se poderá provocar. Em idênticas condições a poesia: nem todos os médiuns literários produzirão poesia, pois esse dom é outra especialidade na psicografia (Ver “O Livro dos Médiuns”, cap. XVI, item 193).
         O modo mais seguro, portanto, natural, sem forçar a explosão da faculdade, é o que aí fica exposto, resultado de longas observações em torno do caso, dos conselhos dos Bons Espíritos e das recomendações dos grandes mestres da Doutrina Espírita.
Convém não esquecer que a mediunidade é um dom de Deus, com o qual não devemos abusar. Devemos, sim, tratá-lo com amor e respeito, cultivá-lo com método, humildade e habilidade, à base do Evangelho, dele fazer instrumento da Caridade e da Fé.
Útil lembrar que a um médium não será apenas recomendado que produza belas páginas de literatura, mas, também, e acima de tudo, que console corações sofredores, enxugue lágrimas de aflição, socorra os infelizes, fornecendo-lhe Amor e Esperança, pois para isso possui ele as credenciais de intermediário entre a Terra e o Céu.


segunda-feira, 26 de outubro de 2015

FENÔMENO OBSESSIVO

YVONNE A. PEREIRA


“Chama-se obsessão à ação persistente que um mau espírito exerce sobre um indivíduo”.
 (A Gênese, Allan Kardec, cap. XIV)


 É comum termos nos meios espiritistas, adeptos apressados que a qualquer ocorrência malsã advinda a si próprios ou a outrem logo pensem na influência de seres desencarnados, quando as nossas ações também refletirão em nossas vidas o caudal de bem ou mal a que nos propomos.

 Allan Kardec foi bem claro na definição do fenômeno obsessivo: “ação persistente que um mau espírito exerce sobre um indivíduo”. Fica bem perceptível aí que obsessão tem a ver com ação premeditada como a vingança ou o ato, ainda próprio a mentes inferiores, de deliberar o mal quando – no caso a que estamos a discorrer – encontram mentes perversas a lhes facilitarem a sintonia.

 Vemos diante de um mundo aboletado pelo conúbio de mentes as mais diversas, que o flagelo obsessivo é uma realidade, no entanto, não se poderá esquecer o adepto cuidadoso e ciente das propostas do Espiritismo Cristão que, o fenômeno obsessivo – em qualquer escala: simples, fascinação ou subjugação – só se manifestará diante de uma moral enfraquecida para suportar as investidas dos adversários da Luz.

 Tarefa muito nobre do Consolador na Terra é o serviço de desobsessão que, além das reuniões próprias para tal mister, conta também com o auxílio da terapêutica espírita que muitos chamam de tradicional e, no entanto, é com ela que se alcançam belos resultados, falamos das reuniões públicas de orientação evangélico-doutrinária, dos passes e da água magnetizada.

 Não desprezaremos o campo da experimentação, mas não seremos coniventes com propostas, ainda que de boa apresentação, mas distantes da evangelização. Cuidemos de discernir as propostas muito entusiastas que surgem aqui e ali, pois, ao aceitá-las poderemos vir a amargar muitos desgostos, atrasando assim a nossa marcha rumo ao progresso.

 O fenômeno obsessivo só será devidamente erradicado quando a criatura arrancar a erva daninha do descarrilamento moral em que vive, de outro modo pode-se ter momentos de trégua, mas não a paz verdadeira que só alcançaremos segundo as pegadas do Nazareno.

 Estudo sério, decisão consciente de mudança de estado mental e trabalho de auxílio ao próximo, eis a tríade a nos defender das forças psíquicas que desejam a nossa queda no lamaçal.

 Trabalhemos por Jesus e o mal em nós próprios adormecerá para ressurgir no Bem em Deus.

 Yvonne do Amaral Pereira
(Mensagem psicografada no dia 20/10/2012 pelo médium Leonardo Paixão).